O Núcleo da Sepse que atua no Hospital Geral de Palmas (HGP) irá realizar ações locais em referência ao Dia Mundial de Combate a Sepse, lembrado na próxima quinta-feira, 13 de setembro. A Sepse ou infecção generalizada, como é conhecida, é um grave problema de saúde, que mundialmente leva várias pessoas ao óbito.
A responsável técnica do Núcleo da Sepse do HGP, Vanessa Salgado informa que várias ações serão realizadas, dentre elas nos dias 12 e 13, nas unidades de Pronto Atendimento Sul e Norte de Palmas, campanha de conscientização voltada para os profissionais da saúde e público leigo, com foco a melhorar a percepção, diagnóstico e o tratamento da sepse.
Ainda de acordo com ela, no dia 13, o Núcleo vai sensibilizar pacientes, acompanhes e profissionais da saúde no próprio HGP. O hospital está inserido na Campanha de sobrevivência da Sepse (CSS), conduzida pelo Instituto Latino Americano de Sespe- ILAS, mundialmente reconhecido que orientou na implantação do Protocolo Assistencial Gerenciado, implementado no Pronto Socorro do HGP, desde setembro de 2014.
A sepse
A sepse é uma condição de emergência de saúde potencialmente fatal. Ela acontece quando um quadro de infecção é agravado, fazendo com que o organismo não consiga controlá-lo. Era conhecida antigamente como septicemia ou infecção no sangue. Hoje é mais conhecida como infecção generalizada.
A infecção pode afetar todo sistema imunológico e dificultar o funcionamento dos órgãos. Em resposta, o organismo provoca mudanças na temperatura, pressão arterial, frequência cardíaca, contagem de células brancas do sangue e respiração.
Há alguns sintomas que podem indicar infecção generalizada: febre, taquicardia, dificuldade de respirar, pressão arterial baixa, menor quantidade de urina, ansiedade, desorientação, confusão mental, perda de consciência.
O diagnóstico da sepse é feito a partir da análise desses sintomas e pode ser finalizado e confirmado com um simples exame de sangue. Se diagnosticada precocemente, o controle da doença é mais simples e as chances de recuperação do paciente são maiores.
Fatores de risco
Qualquer infecção, seja comunitária ou adquirida pode levar a essa resposta inflamatória exacerbada e à disfunção orgânica. Atualmente a sepse é a principal causa de mortes nas unidades de terapia intensiva (UTI). O Brasil tem uma das mais altas taxas de mortalidade do mundo pelo problema – cerca de 55% dos casos, segundo dados do Instituto Latino Americano de Sepse. Estima-se que aproximadamente 400 mil novos casos são diagnosticados por ano e até 240 mil pessoas morrem anualmente.