Equipe Gazeta do Cerrado
O Sindjcato dos Hospitais particulares do Tocantins encaminhou nota na qual se manifesta sobre a reserva de 70% dos leitos particulares por parte do Estado.
A decisão do Estado foi tomada após a empresa Vale começar a encaminhar vários pacientes para UTI particular no Estado. Ainda nesta terça-feira, 19, por exemplo, aviões com pacientes com Covid continuam chegando no aeroporto, conforme a Gazeta apurou.
“O Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Tocantins (SINDESSTO) vem a público repudiar o ato administrativo do governo do Tocantis que, de forma ditatorial, confiscou 70% dos leitos das Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) da rede privada do estado”, diz o sindicato.
Eles alegam ainda: “Diferentemente do que foi alegado pelo Secretário de Saúde do Estado, Dr. Edgar Tollini, desde abril os hospitais privados ofereceram, via ofício, leitos de terapia intensiva ao governo estadual. No entanto, à época o governo respondeu afirmando que tais leitos não seriam necessários, uma vez que o Estado estava priorizando a construção de um hospital de campanha”, disse.
A proposta do SINDESSTO, representando o entendimento dos hospitais privados do Estado do Tocantins, foi o estabelecimento de uma parceria público-privada, de forma a possibilitar o atendimento do maior número possível de cidadãos tocantinenses, diz a nota.
O sindicato afirma ainda que, mesmo com todas as dificuldades que os hospitais vêm enfrentando na linha de frente do combate à COVID-19, todos estão empenhados e dedicados à missão de minimizar os efeitos desta pandemia à população.
Governo explica
Em nota à Gazeta o governo explicou como funciona a reserva dos leitos e que o foco é justamente para atender os tocantinenses.
Nota
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) esclarece que a medida foi necessária para garantir o acesso aos tocantinenses que necessitarem de atendimento em leitos de UTI, uma vez que 93% da população é dependente do Sistema Único de Saúde (SUS). A SES reforça ainda que pagará pela disponibilidade dos leitos requisitados.
Em relação ao enfrentamento será necessário contar com os leitos disponíveis tanto na rede pública quanto privada, uma vez que não há disponibilidade no mercado de respiradores para a aquisição e instalação imediata de novos leitos.
Quanto à proposta ofertada por meio de ofício, apenas algumas unidades se pronunciaram com quantitativo abaixo da demanda necessária, sendo a requisição administrativa a mais eficaz para ampliação da oferta do serviço de Saúde no patamar necessário, em se tratando de COVID-19, no Tocantins.
Palmas, 19 de maio de 2020
Secretaria de Estado da Saúde
Governo do Tocantins
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