Foto – Gazeta do Cerrado
Da AL-Maju Cotrim
A votação do parecer sobre o processo de impeachment contra o governador afastado do Tocantins Mauro Carlesse (PSL) começou nesta quinta-feira (10). A Assembleia Legislativa começou a analisar o relatório que recomenda a continuidade do processo.
A Gazeta mostra todos os detalhes.
A sessão começou atrasada e com presença de todos os 24 parlamentares.
O relator Júnior Geo está de cadeiras de rodas porque retirou um material para uma biópsia. Levou 10 pontos.
Geo leu uma síntese do seu relatório de impeachment no qual ele se manifestou pelo seguimento do processo contra Carlesse. Ele reafirmou as acusações e alegações.
Em seguida Evandro de Araújo, autor da denúncia, fez uso da palavra. “A motivação não possui apelo midiático nem político partidário”, disse. Ele informou ainda que não é filiado a nenhum partido.
Defesa de Carlesse
O advogado de Carlesse, Juvenal Klayber falou representando o governador afastado. Ele parabenizou todos da comissão pelo espaço para a defesa. “Embora não possamos concordar com o teor do relatório mas tenho que agradecer publicamente a comissão”, disse.
Ele disse que a lei estabelece que tem que haver provas do crime de responsabilidade. “Todos vocês deputados tem uma missão em mãos, suas excelências são julgadores e acima de tudo existem as planícies mas existem os princípios constitucionais”, disse.
“Vocês deverão julgar com base em provas concretas e o que temos que provas concretas: nada! Nem MP nem Polícia Federal, onde estão as provas após cinco meses? Até agora não apareceram”, defendeu.
“Abertura de um processo de impeachment não é brincadeira não estamos aqui para apurar se ele cometeu ou não, estão aqui para julgar os Crimes em sentido concreto”, pontuou.
Sobre o caso dos delegados ele disse que a MP doa delegados passou pela Assembleia. “Não há que se falar que governador que mandou porque não foi”, afirmou.
“Não estou aqui defendendo político mas o cidadão Mauro Carlesse como advogado”, pontuou ao dizer que todos têm direito a defesa.
“Vão condenar uma pessoa que ainda está sendo investigada”, afirmou.
“Não existe nenhum prova”, voltou a dizer.
Klayber também rechaçou acusações de envolvimento e ilegalidades na busca por aeroporto do Jalapão. “Estão responsabilizando o governador por ajudar o povo do Jalapão!?”, indagou.
“Não há crime, não há provas, se cassarem o mandato por questões políticas aí não…não podemos simplesmente abrir processo para satisfazer A, B ou C”, afirmou.
Ele cobrou imparcialidade e responsabilidade e chegou a dizer que não há provas de pagamento da suposta propina.
Caso Olyntho
Ele citou o caso do deputado Olyntho Neto que teve o irmão detido com apreensão de R$ 500 mil que ele ganhou a causa. “Ganhamos de 7 a zero”, lembrou o caso que ele foi o advogado para justificar que julgamentos dependem de provas.