(Flickr.com/theactionitems/Flickr)

As notificações de dengue, febre chikungunya e zika vírus, das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, tiveram queda entre janeiro e novembro deste ano na comparação com o mesmo período de 2016.

Somente os casos de zika foram 92,1% menores, e a taxa de incidência passou de 103,9 por 100 mil habitantes no ano passado para 8,2 por 100 mil habitantes em 2017.

A doença é descrita pelo Ministério da Saúde como “febril aguda, autolimitada, com duração de três a sete dias, geralmente sem complicações graves”. Porém, há registro de mortes e manifestações neurológicas, além de causar a microcefalia, condição em que o recém-nascido nasce com a cabeça menor do que o normal e que causa um atraso no desenvolvimento neurológico e motor da criança.

Transmissão

A picada pelo mosquito infectado, principalmente o Aedes aegypti, é a principal forma de transmissão do zika vírus em regiões tropicais. Eles picam, normalmente, no início da manhã e ao fim da tarde.

Semelhantes aos de outras infecções por arbovírus (transmitidos por mosquitos), os sintomas incluem febre, erupções cutâneas, conjuntivite, dores nos músculos e nas articulações, mal-estar ou dor de cabeça. Esses sintomas são, normalmente, ligeiros e duram de dois a sete dias.

“O pior dos sintomas era a coceira, até a sola do pé. Fica cheio de pontos vermelhos”, lembra o advogado Gabriel Freza, diagnosticado há cerca de dois anos com a doença em Brasília. Independentemente do indicar, é necessário procurar o serviço de saúde mais próximo para orientações.

Não existe tratamento específico para febre por zika. Recomenda-se o uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o controle da febre e da dor. Ainda não há vacina disponível.

Não é aconselhado o uso ou indicação de ácido acetilsalicílico (AAS) e outras drogas anti-inflamatórias, por conta do risco de aumentar complicações hemorrágicas. Se os sintomas persistirem ou piorarem, é necessário procurar cuidados médicos.