Estação de ônibus lotada na região sul de Palmas – Reprodução
Conteúdo Gazeta do Cerrado
Após imagens desta quarta-feira, 24, que mostram populares e trabalhadores se espremendo para entrar no transporte coletivo de Palma são preocupantes. Além dos usuários, há risco também para os motoristas.
A Gazeta conversou com o infectologia Flávio Milagres sobre o assunto.
Ele deixa claro que o transporte coletivo superlotado nas condições em que está é tão arriscado – decreto na capital restringiu o horário dos bares – quanto os bares lotados.
O infectologista explicou que a superlotação vai ao contrário das medidas sanitárias e é um risco maior ainda de contaminação pelo Covid.
“Com certeza é um risco aumentado, uma vez que quebra de todas as barreiras de prevenção, contato próximo, muita gente sem máscara e ficam um longo tempo próximos. Uma pessoa que possa estar doente num ambiente fechado vai aumentar ainda mais o risco de infecção” comentou.
Dr Flávio disse ainda todos os veículos do transporte coletivo devem ser higienizados a cada viagem.
“O ônibus deveria ser higienizado após cada viagem. A população está exposta e disseminando o vírus por onde está passando. O paciente com poucos sintomas ou assintomáticos que ainda não tem diagnóstico vai circular e expor os que estão próximos”, pontuou.
O especialista comentou por fim que fechar apenas a orla e ambientes onde possam haver aglomerações não basta.
“É preciso fechar não só a Orla ou ambientes de aglomeração, mas possibilitar qualidade para os usuários do transporte”, comentou.
A Gazeta busca explicações da empresa responsável pelo trabalho coletivo na capital sobre as reclamações de redução de ônibus e demora das linhas. Entramos em contato também com a Prefeitura de Palma e aguardamos uma resposta.
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