Com os casos confirmados de coronavírus do país, aumenta o risco de transmissão da doença, principalmente nos grandes centros. Para saber um pouco mais sobre o tema, o portal Gazeta do Cerrado ouviu o Dr. Flávio Augusto de Pádua Milagres, médico infectologista que explicou as principais dúvidas. Confira:

1- Qual a diferença entre uma gripe comum e o novo coronavírus?

Infectologista: O novo coronavírus como toda nova cepa viral possui uma capacidade de replicação levemente maior em relação a gripe sazonal, além de ser mais letal para um grupo específico.

2- O que devemos fazer para nos protegermos?

Infectologista: Como a transmissão é de pessoa a pessoa, manter a higiene básica e a constante lavagem de mãos, são essenciais para a proteção.

3- Quais os riscos de transmissão comunitária?

Infectologista: O risco de transmissão da infecção pelo coronavírus é moderado a grave, nós consideramos que uma pessoa doente pode vir a transmitir para 2 ou 3 pessoas, comparativamente o vírus da influenza tinha capacidade de transmitir entre 1 a 2 pessoas e o sarampo, já tem uma alta taxa de transmissão podendo transmitir de 7 a 8 pessoas.

4- É necessário usar máscaras no Tocantins?

Infectologista: O uso de máscaras é recomendado para aquelas pessoas que estão doentes, que apresentam tosses e espirros, para reduzir o risco de transmissão do vírus. Logicamente em ambientes hospitalares e unidades onde há maior circulação há recomendação do uso da máscara mas na população geral, não há recomendação de uso de máscara continuadamente como nós temos observado.

5- Quais os locais de risco?

Infectologista: Lugares de risco são os hospitais e as unidades de saúde, locais muito conglomerados como shoppings centers, campos de futebol, locais fechados principalmente onde há um grande número de pessoas e dentre essas podem ter uma série que podem estar doentes. Por isso a recomendação de evitar quem está doente de sair de casa e ter contato com outras pessoas. Da mesma forma, escolas, ambientes muito fechados também as pessoas devem evitar quando estiverem doentes.

6- Será necessário suspender as aulas?

Infectologista: Suspensão da aula no momento não é recomendado, assim como também não é recomendado proibir ou negar a entrada de alunos que tenham viajado para o exterior e que estejam sem queixas, sem sintomas. Somente aqueles que apresentam sintomas respiratórios: tosse, espirros, falta de ar, nariz escorrendo, dor no corpo e a sensação da febre é que devem permanecer em casa, ou após avaliação médica, se necessário, em ambiente hospitalar.

7- Existe, hoje, motivos para pânico?

Infectologista: No momento não. Não existe nenhum caso confirmado de coronavírus em nosso estado.

É importante lembrar que medidas simples como lavar bem as mãos e cobrir o nariz e boca ao tossir e espirrar ajudam a evitar a propagação do novo coronavírus.