Para formar e fortalecer uma rede de apoio que combata a violência contra a mulher indígena nos territórios do Tocantins, a Secretaria de Povos Originários e Tradicionais (Sepot) tem articulado encontros conjuntos com órgãos de interesse à pauta. O segundo ocorreu nesta quinta-feira, 18, e debateu como tem sido o atendimento às vítimas atualmente e o cumprimento da Lei Maria da Penha dentro do Estado, com a Secretaria da Mulher, Polícia Militar (PM) e o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei).
O Grupo de Trabalho (GT), que terá a participação de mais órgãos, relatou a importância de organizar um fluxo de atendimento com canais de denúncia que possam atender as mulheres em situação de violência doméstica dentro das aldeias. Para que isso ocorra, uma oficina para construção do fluxo de atendimento às mulheres indígenas vítimas de violência será ofertada para toda a rede já existente.
Outra meta do grupo é a criação de uma cartilha, traduzida para as diversas línguas dos povos indígenas tocantinenses, que orientem as mulheres sobre como ter ajuda em casos de violência em suas casas. Para Flávia Rodrigues, assessora técnica da Diretoria de Proteção aos Povos Indígenas da Sepot, esse é um momento muito importante. “É o momento inicial para consolidarmos e informarmos essa rede de enfrentamento à violência contra a mulher indígena. Esse é um tema que perpassa várias instituições. Então, é muito importante, cada vez mais, a inserção de outras instituições. A construção da agenda comum foi o ponto alto desse encontro”, avaliou.
Larissa Tebas, psicóloga e representante do Dsei, comentou que, com essa união, o grupo busca melhorias para a prevenção e auxílio a essas mulheres que precisam muito de apoio e suporte na visibilidade dessa pauta. “Nós, do Dsei, já trabalhamos com o assunto, mas nós ansiamos por essas parcerias para poder fortalecer cada vez mais o trabalho realizado”, acrescentou.
Áurea Maria Matos, coordenadora de Ações de Prevenção à Violência da Secretaria da Mulher, afirmou que foi uma satisfação poder aprofundar sobre a situação para posteriormente poder ter embasamento para orientar as mulheres indígenas. Major Roberta, representante da PM, avaliou a reunião como muito importante, pois os órgãos puderam conversar e trazer suas demandas. “Estou muito feliz e esperançosa que a gente consiga melhorar esse atendimento à mulher indígena”, finalizou.
Fonte- Ascom Sepot