Janeiro Branco é conhecido nacionalmente pela campanha de conscientização sobre os cuidados com a saúde mental e emocional, a temática é mais fácil de alcançar a população nesse período por ser um mês em que as pessoas estão fazendo análises das suas vidas e metas. Na última sexta-feira, 10, o deputado estadual Marcus Marcelo (PL) enviou um ofício solicitando informações sobre o estudo para criar o projeto “Se precisar, peça ajuda”.
A iniciativa proposta pelo parlamentar sugere a implantação de determinadas medidas capazes de promover um ambiente de trabalho saudável, seguro e acolhedor nos órgãos e entidades públicas do estado. “Eu acredito que os investimentos na saúde dos servidores são importantes, pois além de melhor a vida deles refletem na qualidade do atendimento à população”, afirmou o deputado.
O recente documento enviado para a Secretaria Estadual da Administração solicita informações sobre requerimento feito ainda em 2023 e aprovado na Assembleia, que solicita o estudo de viabilidade para o projeto “Se precisar, peça ajuda”.
Dentre as ações propostas estão: a conscientização dos gestores por meio de campanhas e cursos, realização de atendimentos psicológicos individualizados feitos pelos profissionais da Junta Médica do Estado. Além de um canal de comunicação direta com um telefone ou número de WhatsApp para os servidores buscarem de forma rápida e acessível ajuda.
“Os últimos anos apresentaram um aumento no número de doenças que impactam a saúde mental da população e precisamos proteger os nossos tocantinenses dessas estatísticas, por isso é importante que a temática seja espalhada e a forma de tratamento seja acessível”, defendeu Marcus Marcelo.
Sinais de alerta para se cuidar
Segundo o enfermeiro e psicólogo clínico Edmilson Andrade, os principais transtornos mentais que acometem os trabalhadores envolvem o humor, episódios depressivos e burnout (esgotamento emocional ou físico relacionado ao serviço). “Podem ser desenvolvidos pela sobrecarga ou dupla jornada de trabalho, desvalorização profissional, violências no serviço, o acúmulo de emoções como a raiva, o medo, o estresse e a vergonha”, explicou o profissional.
Ainda segundo o especialista, o sinal de alerta está no momento que as emoções impactam a qualidade de vida do servidor. Os sintomas físicos mais comuns são batimentos acelerados (taquicardia), dificuldades para respirar (dispneia), crises de raiva, choro fácil e persistente. “A busca por ajuda profissional deve começar quando a pessoa sente que algo nela já não faz sentido ou quando o trabalho começa a ser um fardo repleto de emoções que afetam o sono, convívio social ou familiar e a própria rotina no serviço”, alertou Edmilson.