Associação Brasileira de Jornalistas em Turismo, Abrajet Pará, deu início ao movimento solidário de apoio ao combate à pandemia, e juntamente com a diretoria Regional Norte da Abrajet Nacional, por meio do evento “Abrace o Amazonas”, iniciam o trabalho de mobilização de jornalistas e artistas em favor (neste momento) ao estado vizinho.
A iniciativa aproximou à Abrajet Pará a uma rede que integra voluntários, coletivos e organizações sem fins lucrativos no estado do Amazonas que se uniram para concentrar doações aos sistemas de saúde pública e privada em Manaus, em função do caos que a população está vivendo por conta da velocidade do contágio do coronavírus e do aumento do número de casos de riscos moderado e graves da doença, que tensionou ao limite o sistema de saúde e por consequência a capacidade de atendimento à população. Uma vez ser a capital amazonense a cidade que reúne todos os leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTIs) no Amazonas, pacientes vítimas da Covid 19 estão sendo transferidos para outros estados, a exemplo de Goiás, Maranhã e Pará entre outros, por conta do esgotamento de oxigênio.
A realidade no estado do Amazonas deixa estados brasileiros e cidades fronteiras ao Amazonas em alerta, uma vez que o cenário confirma segunda onda que trouxe para o auge este processo pandêmico. Especialistas chamam atenção e lembram que o cenário do Amazonas que resultou a chamada “segunda onda da pandemia” se repetiu em todos os estados brasileiros por ocasião das aglomerações durante os pleitos eleitorais; das festas e confraternizações de fim de ano e do relaxamento quanto aos cuidados necessários ao distanciamento social, uma das poucas alternativas de prevenção para disseminação do vírus causador desta pandemia. Como resultado, crescimento do número de infectados e de mortes pela Covid-19.
Intitulada como SOS Amazonas, a força tarefa deste grupo de entidades não governamentais e profissionais diversos, já conseguiu um montante de quase cinco milhões que foram revertidos para aquisição de cilindros e concentradores de oxigênio para hospitais do Amazonas. A credibilidade do trabalho deste coletivo e a transparência quanto à destinação dos recursos chamaram atenção de personalidades e artistas nacionais que aderiram à mobilização solidária.
À Associação Brasileira de Jornalistas em Turismo do Pará e a Diretoria Regional Norte, da Abrajet Nacional e seccionais abrajeteanas dos estados do Tocantins (TO), Sergipe (SE), Pernambuco, Bahia (BA), Maranhão (MA), Acre (AC), Minas Gerais (MG), São Paulo (SP) iniciaram o processo de mobilização, e criaram o movimento “Jornalistas em Turismo abraçam o combate à pandemia”. No momento, a meta é ampliar o apoio e ajuda às vítimas do coronavírus no estado amazonense, para tanto, jornalistas aproximaram-se da rede solidária de apoio “SOS Amazonas”.
Além de contribuir com a divulgação a iniciativas de apoio à população amazonense, jornalistas abrajeteanos estão em construção de um leilão virtual, que, segundo o diretor da Regional Norte da Abrajet, João Ramid, reunirá obras de artes (seja fotografia, escultura, pintura etc) de artistas referências de diversos estados brasileiros.
O diretor da Regional Norte da Abrajet Nacional disse que o momento é de juntar forças e ser solidário. “Somos jornalistas, mas também somos artistas”, disse Ramid. Ele explicou que cada Abrajet vai identificar, buscar e firmar parceria com artistas conhecidos, que são referências nacionais, e possam doar obras de artes autorais para realização do leilão intitulado “Abrace o Amazonas”. A arrecadação com a venda das obras de arte será direcionada para aquisição de oxigênio e EPIs por intermedio do movimento SOS Amazonas.
O evento que reunirá esforços de jornalistas e artistas em “Abrace o Amazonas” está em processo de construção. Seccionais abrajeteanas, que já informaram participação ao movimento solidário, já estão em campo e nesta próxima semana as Abrajets do Pará, Sergipe, Bahia, Pernambuco, Tocantins. Maranhão, Acre, Minas Gerais e outras que estão sendo contactadas estarão encaminhando nome dos artistas e respectivas obras de arte para que sejam incluídas na “Galeria Abrace o Amazonas”.
Estados e cidades brasileiras devem ficar atentos ao que está acontecendo no Amazonas. Oriximiná, por exemplo, cidade do oeste paraense, próxima ao Amazonas, também encontra-se em situação crítica e a falta de oxigênio e de insumos ligou o alerta do prefeito Willian Fonseca, que preocupado com a situação já acionou o governo federal e o governador do Pará, Hélder Barbalho. No município, o último registro confirmou 6.348 casos de Covid-19.
A campanha do SOS Amazonas começou no último dia 11, e conforme declaração de Suellen Araújo, do Instituto Ágape, associação que atua com projetos para educação, empreendedorismo e ações emergenciais em situação de crise natural, “o olhar do mundo se voltou também para Manaus e a campanha do coletivo SOS Amazonas viralizou”. Os mais de 100 voluntários e entidades não governamentais já conseguiram adquirir 140 cilindros e 38 concentradores de oxigênio, que chegaram em Manaus no último dia 16.
Thiago Souto, da entidade “Salaada Solidária”, uma das entidades integrantes e sem fins lucrativos do movimento SOS Amazonas, disse que toda ajuda será muito bem vinda e agradeceu o interesse por parte de jornalistas especializados. “Temos a obrigação de nos unir contra esse combate”, disse Thiago.
Entre as entidades que integram o movimento SOS Amazonas, estão o “Instituto Ágape”, “Amor Caô”, “Salaada Solidária”, “Bora Ajudar”, projeto “Mais Amor”, projeto “Somar”, “Instituto Tchibun”, “Ong Moradia e Cidadania”, “Global Shapers” e o Grupo de Apoio Solidário.