Eduardo Mariano, 27 anos, e Francisco Cavalcanti, de 32, sempre quiseram trabalhar em algo que tornasse o mundo melhor.

Por isso largaram suas carreiras em multinacionais e criaram a Exchange do Bem, uma agência de intercâmbio social que conecta voluntários com diversos projetos em diferentes países, destinando 10% do lucro para investimentos em ações sociais no Brasil.

A ideia surgiu quando Eduardo foi voluntário no Nepal e percebeu que crianças têm o potencial de progredirem muito mais se receberem afeto e educação durante a infância.

Em 2013, Eduardo viajou para o Nepal, um país subdesenvolvido, para trabalhar como voluntário em um orfanato.

“Era algo que eu sempre quis fazer, talvez como um hobby, para conhecer outra realidade, mas acabou mudando totalmente a minha perspectiva sobre o mundo”, conta Eduardo.

Lá ele cuidou de crianças no orfanato, ensinou inglês na escola de um vilarejo e ajudou onde era necessário.

“Fui percebendo que simples tarefas do cotidiano colocavam enormes sorrisos nos rostos das crianças. Mesmo com tanta pobreza, falta de infraestrutura básica e muitas vezes com fome, pequenos gestos como um abraço traziam uma felicidade enorme para a vida delas, mesmo que por breves instantes.”

A experiência como voluntário o fez perceber o quanto alguém pode mudar a vida de outras pessoas e que principalmente crianças têm o potencial de progredirem muito mais se receberem afeto e educação durante a infância.

Quando retornou ao Brasil, ele percebeu que não estava contribuindo para algo significativo onde trabalhava. Então, junto com o Francisco (que foi seu colega da faculdade), tirou o projeto do papel e criou a Exchange do Bem.

Hoje, ainda tomando forma, a Exchange já enviou diversos voluntários para África do Sul, Gana e Quênia.

“Trabalhamos para que a experiência do voluntariado seja mais difundida entre jovens, estudantes e profissionais brasileiros e também para que as pessoas percebam o enorme impacto positivo que até mesmo pequenas ações podem gerar”, comenta Francisco.

Os projetos sociais que a Exchange divulga foram selecionados e inspecionados rigorosamente, para oferecer segurança aos voluntários e verificar se o impacto social é relevante para a comunidade local.

“O nome Exchange do Bem significa exatamente isso: é uma troca de gentilezas, você faz o bem e recebe o bem em troca”, salienta Eduardo.

Como funciona 

As pessoas que têm vontade de ter uma experiência de intercâmbio social no exterior devem acessar o site da empresa e procurar o destino desejado. É possível escolher projetos por país ou então por tipo de programa, como: proteção aos animais, empoderamento feminino, proteção à infância, esportes, saúde, comunidade e educação. Os voluntários permanecem nos projetos, em média, entre duas semanas a três meses. Existem também alguns programas que conciliam o voluntariado com cursos de inglês.

É possível entrar em contato pelo site, Facebook ou pelo e-mail