O julgamento de Allan Moreira Borges, acusado de matar a esposa, Heidy Aires, foi adiado em Palmas. A audiência estava prevista para esta quinta-feira (14). A defesa de Borges conseguiu o adiamento porque a Justiça do Tocantins não conseguiu localizar duas das testemunhas. Uma delas é um perito que participou da investigação e já se aposentou.

De acordo com a decisão, não há informações sobre o novo endereço do profissional e não foi possível intimá-lo através do Instituto de Criminalística. A outra testemunha mora no estado de São Paulo e a carta precatória enviada para a intimação dela não foi devidamente cumprida.

A medida foi determinada pelo juiz Jordam Jardim no começo da noite desta quinta-feira (13). No documento ele deixa claro que a participação dos dois na audiência é imprescindível. A nova data do julgamento ainda não está definida.

O caso

O crime foi em dezembro de 2014 e gerou comoção em Palmas. A professora Heidy Aires Leite Moreira Borges foi encontrada morta, na noite de 6 de dezembro, na casa dela, na quadra 1204 Sul, em Palmas. Ela era professora da escola municipal Padre Josimo Tavares.

Na época do crime, parentes informaram que fizeram diversas ligações para a o celular da vítima e depois resolveram arrombar o portão da casa dela. A professora foi encontrada caída no chão do quarto com perfurações de faca.

A Polícia Civil concluiu o inquérito policial ainda em 2015. Durante as investigações o corpo da professora precisou ser exumado para coleta de material genético.

Depois disso, exames comprovaram que havia material genético de Allan Borges nas mãos da professora. Naquela ocasião, o delegado informou que resultado mostrava que a professora teria tentado se defender das agressões do marido antes de morrer.

Ainda conforme informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), as investigações apontaram que o marido planejou o crime com detalhes deixando o celular dele em Gurupi, enquanto se deslocava para Palmas no intuito de cometer o assassinato. Ao chegar na capital, o homem montou vigília na frente da casa da esposa e esperou um outro homem sair da casa dela para que cometesse o crime.

Conforme a SSP, foram desferidos quatro golpes de faca que atingiram o pescoço e o tórax da vítima. Logo após, o marido teria tomado banho na suíte do quarto do casal, onde posteriormente foram encontrados vestígios de sangue no ralo e no registro do chuveiro.