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Com o objetivo de dar visibilidade à luta das mulheres negras no combate ao racismo, o núcleo Lélia González da Marcha Mundial das Mulheres -MMM vai realizar o Julho das Pretas.

O evento consiste na realização de atividades no mês de julho, em alusão ao dia 25. No calendário de lutas do movimento social negro, esse é o dia da mulher negra latino americana e caribenha.

Segundo dados do IPEA (2014), as mulheres negras são maioria entre as trabalhadoras do lar (61,7%), além disso possuem dificuldade de conseguir emprego formal e/ou ingressar no ensino superior. Possuem ainda menores salários (em média R$ 436,00), quando comparado com homens brancos (rendimento médio de R$ 1.278,00) e mulheres brancas (uma média salarial de R$ 747,00).

A realidade no mercado de trabalho, a existência de violência obstétrica e a incidência de feminicidios de mulheres negras em razão de racismo e sexismo, serão pontos debatidos no evento que trará as seguintes atividades:

21 de julho às 14h30 – reunião na Reitoria da UFT para solicitar a criação de observatório estadual de pesquisas sobre violência contra a mulher, entre outras temáticas que interseccionem gênero e raça. Entrega de documento do movimento de mulheres negras pautando ainda a criação do Núcleo de Pesquisas e Estudos Afro-brasileiros no campus Palmas.

22 de julho – roda de conversa sobre feminismo negro no Ginásio Airton Senna às 18h. Com pocket show, hip hop e apresentação cultural por mulheres negras.

25 de julho às 8h – reunião no Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial – Compir para discutir a situação da mulher negra em Palmas e entregar carta de reivindicações das mulheres negras. Dentre as reivindicações está a solicitação de Audiência Pública na Câmara de Vereadores para inclusão de orçamento e políticas públicas para as mulheres negras.