O julgamento de dois policiais militares acusados de integrar um grupo de extermínio em Colinas do Tocantins, norte do estado, será retomado nesta terça-feira, 18. Eles começaram a ser julgados nesta segunda-feira, 17, por crimes supostamente cometidos em 2016. A acusação é de que o grupo cobrava dinheiro de empresários para encontrar e matar os suspeitos de assaltos.
A investigação contra os PMs Gildevan das Neves Sales e Francisco de Assis Duarte do Nascimento começou após uma tentativa de homicídio. Thales Souza Costa, que não tem passagem pela polícia, foi baleado com cinco tiros. Ele sobreviveu, mas acabou ficando paraplégico.
Outros dois homens que supostamente integravam o grupo miliciano também estão sendo julgados: Luciano Gomes Santos Almeida e Deusiran da Silva Sousa. O júri popular está sendo realizado no fórum da comarca de Colinas. A audiência deve ser retomada por volta das 8h30.
Na época, a Polícia Civil informou que Gildevan Neves tinha uma empresa de segurança. Após ter conhecimento de crimes praticados em comércios e chácaras o grupo procurava as vítimas para oferecer o serviço de matar os possíveis autores dos crimes.
O inquérito apontou que o grupo cobrou R$ 6 mil de um empresário para matar um adolescente suspeito de assaltar um estabelecimento comercial. Durante o depoimento, Almeida disse que recebeu R$ 500 de Neves para atirar no adolescente.
No dia do crime, o grupo não teria encontrado o adolescente e acabou baleando o irmão dele, Thales Souza costa. Os suspeitos foram presos pela polícia ainda em março de 2016.
A polícia ainda afirmou, na época, que o grupo era suspeito de envolvimento em outros homicídios.
Fonte: G1 Tocantins