O julgamento do médico Álvaro Ferreira foi marcado para o dia 9 de março de 2022, no Fórum de Palmas. Ele é acusado de matar a ex-mulher, a professora Danielle Christina Lustosa Grohs, em dezembro de 2017. A determinação de que o caso seria levado ao júri popular saiu ainda em outubro de 2019, mas até então a data não tinha sido marcada.
Em todas as ocasiões em que falou sobre o caso, inclusive em juízo, o médico negou ter assassinado a ex-mulher.
Após a decisão de levar o médico ao júri popular, os advogados de Álvaro Ferreira recorreram ao Tribunal de Justiça, alegando que a defesa foi prejudicada ao longo do processo e pedindo absolvição. Em decisão monocrática, o presidente do TJ negou o pedido e manteve o julgamento.
A data do júri foi marcada pelo juiz Cledson José, da 1ª Vara Criminal de Palmas, que deverá presidir o julgamento. Álvaro Ferreira deverá responder por homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel, à traição, emboscada e meio que dificulte a defesa da vítima.
O crime
O corpo da professora foi encontrado no dia 18 de dezembro de 2017, na casa dela, com marcas de estrangulamento. A suspeita de que o médico poderia estar envolvido foi motivada porque havia um histórico de agressões por parte do marido. Ele chegou a ser preso apenas dois dias antes do assassinato por violência doméstica. A suspeita foi reforçada porque a polícia não conseguiu localizá-lo após o crime.
O médico ficou quase um mês foragido. Ele foi preso no dia 11 de janeiro de 2018 em Goiás e levado para a Casa de Prisão Provisória de Palmas no dia seguinte. Ele foi localizado após postar uma selfie em uma igreja nas redes sociais. Enquanto esteve foragido, ele deu entrevistas por telefone e mandou mensagens para a mãe da vítima.
A defesa do médico tentou alegar durante as primeiras audiências do caso, em que testemunhas foram ouvidas pelo juiz, que a ex-namorada dele, Marla Cristina Barbosa poderia estar envolvida. Ela chegou a ser presa porque acompanhou ele durante parte da fuga.
Não foi feita nenhuma denúncia contra ela porque tanto a polícia quando o Ministério Público entenderam que não há elementos que provem a participação dela no caso.
Atualmente, o médico responde ao processo em liberdade. Desde que foi solto, ele voltou a atender normalmente no sistema de saúde em Palmas. Álvaro Ferreira pediu à Justiça que as medidas cautelares, como o monitoramento por tornozeleira eletrônica e a proibição de sair a noite, fossem revogadas, mas o pedido foi negado.