O acusado de um suposto atentado contra o prefeito de Novo Acordo, Elso Lino, o vice-prefeito Leto Moura Leitão irá a júri popular. A decisão é da juíza Aline Bailão Iglesias.
Ainda não há data marcada para o julgamento. Atualmente, o vice-prefeito responde pelo crime em prisão domiciliar. Ele está afastado das funções na prefeitura.
Em janeiro de 2019 o prefeito Elson Lino de Aguiar (MDB) foi baleado na cabeça durante o crime, mas sobreviveu.
Outras três pessoas acusadas de participação no atentado também serão julgadas pelo Tribunal do Júri. São elas: Paulo Henrique Sousa e Kelly Fernanda Carvalho, que teriam intermediado a negociação entre o vice-prefeito e o atirador e Gustavo Araújo da Silva que teria efetuado os disparos.
Entrevista exclusiva
Em janeiro deste ano, o vice-prefeito Letim Leitão concedeu uma entrevista exclusiva a Gazeta do Cerrado quando falou pela primeira vez sobre o caso.
“Confio na justiça”, disse.
Ele disse que considera que sua prisão foi política e que ficou oito meses detido na CPPP aguardando audiência para ser ouvido. “Assim que fui ouvido, fui solto”, disse.
“Nunca tivemos uma discussão, um negócio entre nós, não participei de nada da prefeitura, sempre soube me colocar no meu lugar… ele sabe e nunca poderia ter dito que eu mandei matar ele”, disse sobre o prefeito Dotozim.
Segundo ele, o depoimento do principal acusado de atirar, Gustavo, teria revelado que não o conhecia e que foi até a casa do prefeito fazer um assalto.
“Não tem nenhuma prova contra mim”, disse.
“Eu que prestei socorro a ele, chamei a ambulância… no depoimento o cara que atirou confirmou que nem me conhecia”, argumenta ainda.
Ele não pode ir a Novo Acordo após ter saído da prisão pois está impedido de sair da comarca de Palmas. Letim está ainda com o salário de vice suspenso através de ato da atual gestão. “Não posso voltar para a minha cidade, não posso reassumir meu posto mesmo estando eleitoralmente normal e espero uma decisão da justiça o mais rápido possível”, disse.