Equipe Gazeta do Cerrado

A Justiça bloqueou aproximadamente R$ 300 mil da conta do deputado estadual Amélio Cayres (SD), por suspeita de desvio de recursos de emendas parlamentares via instituições de fachada. Mais quatro investigados da Operação ONG’s de Papel também tiveram contas bloqueadas.

Segundo informações, a decisão atende ao o pedido do Ministério Público Do Estado do Tocantins (MPTO). O órgão afirma que existe irregularidades do deputado ao usar dinheiro público em shows musicais nos municípios dê Augustinópolis e Esperantina.

A Gazeta procura posicionamento da assessoria do parlamentar.

Entenda

A operação ONGs de Papel foi iniciada no dia 1º de julho, quando a polícia cumpriu mandados em secretarias estaduais e em institutos de Araguaína, norte do Tocantins. A suspeita da polícia é de que eventos realizados por ONGs foram superfaturados como parte de uma estratégia para desviar recursos. O dinheiro era oriundo de emendas parlamentares.

Inicialmente, cinco pessoas tiveram as prisões solicitadas, mas três foram liberadas a pedido da própria polícia. Além de João Paulo, que seria dono de uma das empresas envolvidas no esquema, Iuri Vieira Aguiar, apontado como chefe do grupo, também teve a prisão preventiva decretada.

A operação

Entre as ONGs investigadas está o Instituto Prosperar (IPROS). A Polícia Civil acredita que as licitações feitas pela instituição foram direcionadas. Um dos principais indícios apontados pelos investigadores é o fato de que, em pelo menos quatro processos, as concorrências foram vencidas pela empresa de um dos diretores da própria IPROS.

A ONG teve acesso a recursos públicos através de convênios com o estado e emendas parlamentares. Entre os anos de 2015 e 2018, o IPROS teria recebido R$ 15 milhões para desenvolver atividades ligadas à cultura e à arte.