A Justiça expediu um mandado de prisão para o médico Álvaro Ferreira da Silva pelo assassinato de sua ex-mulher, Danielle Lustosa. Condenado a mais de 21 anos de prisão em 2022, Álvaro foi solto menos de um mês após o julgamento. Em liberdade, ele recorreu da pena até o Supremo Tribunal Federal (STF), que negou seu último recurso.

Danielle Lustosa, professora, foi encontrada morta em sua casa no dia 18 de dezembro de 2017, com marcas de estrangulamento. O médico ficou um mês foragido e foi preso após a polícia rastrear uma selfie que ele postou nas redes sociais.

Após um longo processo, Álvaro foi condenado em abril de 2022. No entanto, ele conseguiu uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para recorrer em liberdade e continuou trabalhando em hospitais públicos de Palmas. Durante o julgamento, os jurados reconheceram quatro qualificadoras no crime, incluindo feminicídio. O assassinato foi motivado por vingança, pois Danielle havia denunciado Álvaro por violar uma medida protetiva um dia antes do assassinato, quando ele a agrediu e tentou esganá-la.

Professora foi morta por asfixia – Reprodução Facebook

Recursos e negativas

Álvaro Ferreira apresentou diversos recursos após sua condenação pela 1ª Vara Criminal de Palmas. Sua apelação à 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Tocantins foi rejeitada, e outros recursos no TJ, STJ e STF também foram negados.

O caso transitou em julgado, sem possibilidade de novos recursos, e foi encerrado pelo STF. Em seguida, o processo foi devolvido ao Tribunal de Justiça do Tocantins e também foi baixado.

Na terça-feira, 16 de julho, a 1ª Vara Criminal de Palmas expediu o mandado de prisão para o cumprimento definitivo da pena, ordenando que qualquer oficial de justiça ou autoridade policial prenda e recolha o médico Álvaro Ferreira a uma unidade prisional.

Histórico do caso

Álvaro Ferreira foi condenado a mais de 21 anos de prisão pelo assassinato de Danielle Lustosa. Seu corpo foi encontrado em 18 de dezembro de 2017, com marcas de estrangulamento e sinais de agressão.

O histórico de agressões e uma prisão dois dias antes do assassinato por violência doméstica indicavam o envolvimento do médico. Após o crime, ele ficou foragido por quase um mês e foi preso após postar uma selfie nas redes sociais. A prisão ocorreu em Goiás no dia 11 de janeiro de 2018, e ele foi levado à Casa de Prisão Provisória de Palmas.

O caso teve grande repercussão na época, e enquanto esteve foragido, Álvaro Ferreira deu entrevistas por telefone e enviou mensagens para a mãe da vítima.