O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta sexta-feira, 30, a lei que inclui todas as mulheres grávidas, lactantes e puérperas (que deram à luz há menos de 45 dias) entre as prioridades da campanha nacional de vacinação contra a covid-19. O projeto foi aprovado pelo Congresso Nacional no início do mês.
Defendido pelo Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Estado do Tocantins (COSEMS-TO) em diversas reuniões e também durante a Comissão Intergestores Bipartite (CIB), a sanção da Lei vem a confirmar os dados e informações apresentados pelo Conselho para garantir a vacinação desse público, especialmente as Lactantes tocantinenses que buscaram a instituição pedindo apoio à causa. Com a decisão, Todas as lactantes são consideradas prioridade, independente de idade da criança ou da existência de comorbidades.
Para o Presidente do COSEMS-TO Rondinelly Souza afirmou que essa aprovação vem a concretizar o que o Conselho já vinha defendendo há tempos. Para ele, o objetivo maior foi alcançado, que é o de garantir a imunização de mães e seus filhos e filhas.
“Inúmeras pesquisas comprovam que os anticorpos da mãe vacinada são transmitidos ao bebê através do leite materno sem riscos para o lactente, o que garante a imunização da mãe e a proteção do bebê em uma única vacina. Com isso podemos reduzir os índices de mortalidade materna no nosso Estado, que são altos. É uma conquista não só nossa enquanto Conselho, mas também de todas as nossas mães. Parabenizo especialmente o movimento ‘Lactantes Pela Vacina Tocantins’, que encabeçaram essa luta. Podemos todos e todas comemorar essa vitória. Nossas mães venceram”, declarou.
Durante uma Reunião da CIB, o COSEMS-TO apresentou dados e informações para garantir que a imunização das lactantes tocantinenses fosse garantida. Todos os membros do Conselho votaram a favor dessa inclusão. Porém os membros da Mesa do Estado foram contra. Posteriormente, durante uma reunião da Câmara Técnica, o assunto foi debatido novamente com forte defesa do COSEMS-TO e de Rondinelly, mas o Estado continuou se posicionando contrário à matéria. O assunto seria debatido no próximo dia 02 de agosto, durante Reunião Extraordinária da CIB.
“Vacinar as lactantes tocantinenses é garantir saúde as nossas famílias e para futuras gerações. Vacinar as lactantes é proteger o futuro representado na figura de nossos bebês. Vacinar lactantes é reconhecer o direito humano à saúde e proteção constitucional da maternidade como objetivo prioritário de todos nós enquanto gestores públicos. Estamos extremamente felizes com essa conquista”, finalizou Rondinelly.