Matéria atualizada em 28/03/2019 às 16h05
O laudo da morte do adolescente Leandro Rocha da Cunha, de 16 anos, aponta que menor foi atropleado pela viatatura da Polícia Militar. Segundo as informações, indícios coletados no local do acidente e também destacado pela perícia, mostra que a cena do crime foi alterada pelos PMs.
Outra testemunha que presenciou o momento em que tudo aconteceu e disse em depoimento que o adolescente passou correndo em uma bicicleta e estava sendo seguido pela viatura.
Quando Leandro virou a esquinda na contramão e reduziu a velocidade, ele subiu na calçada, momento em que a viatura teria acelerado, também invadido na contramão e passado por cima de Leandro.
Conforme o deppoimento da testemunha, depois que o adolescente foi socorrido, a cena do crime foi alterada e a viatura colocada na mão correta na avenida, em seguida, o local foi isolado.
Essa foi a mesma constatação apontada na perícia. A perícia apontou ainda que o veículo no qual os PMs estavam, seguia o mesmo sentido da bicicleta. A viatura estava a mais de 45 km/h quando atingiu a vítima que foi arrastada por alguns metros.
Mais ceda a Gazeta do Cerrado mostrou que uma outra testemunha chegou ao local momentos depois do ocorrido. Ela disse que os policiais estavam brigando com os moradores locais.
“Ele estava indo pra casa da namorada dele e ele simplesmente se assustou com a polícia e a polícia estava correndo atrás dele sem necessidade também. Ele foi atropelado e jogado em cima da lixeira em frente a casa da minha amiga. A polícia estava agindo com brutalidade, até com moradores locais. Eles estavam caçando – (SIC) – confusão mesmo, daquele jeito. Eu olhei e pensei o quando a polícia é abusiva”, é o que conta a moradora a Gazeta.
Nossa equipe entrou em contato mais uma vez com a PM e aguarda um posicionamento sobre o caso. Em nota a PM informou que não teve acesso ao laudo da Perícia citada. Assim que receber oficialmente o resultado, juntará aos autos do Inquérito Policial Militar – IPM, para instrução criminal. Sobre as circunstâncias do acidente, estas serão esclarecidas ao final do referido Inquérito.
A Gazeta tenta também o contato da defesa de Silvestre Vieira de Farias Filho, PM que dirigia a vituatura na hora do acidente.
*Com informações do G1 Tocantins
Prisão
O soldado da PM, Silvestre Vieira de Farias Filho, foi preso na tarde desta quarta-feira 27, em Palmas. Ele dirigia a viatura que atropelou e matou o adolescente Leandro da Cunha Rocha.
O caso segue em segredo de Justiça e está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP). O soldado foi ouvido antes de ser preso.
Segundo o advogado de defesa de Silvestre, Indiano Soares, a prisão do seu cliente não tem qualquer sustentação ou justificativa. “O militar esteve aqui na segunda-feira, o senhor delegado, por meio da sua escrivã, não quis atender o militar, juntamente os dois militares. E pega, temos uma surpresa, com uma representação de pedido de prisão com a justificativa de que não estava encontrando os militares”, disse ele.
Soares disse ainda que vai solicitar a regogação da prisão porque segundo ele, foi apenas uma fatalidade.
Já o major De Souza, que comanda o 6º Batalhão da Polícia Militar da Capital, emitiu um posicionamento dizendo que o soldado é “honrado, trabalhador, disciplinado, ético, possui endereço fixo e se apresentou espontaneamente”.
De Souza pediu imparcialidade nas investigações.
Colegas do militar se manifestaram em defesa dele e afirmaram que Silveira sempre foi um bom profissional e sempre teve um comportamento de acordo com as normas.
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