Tom Veiga em depoimento ao Memória Globo, 2019 — Foto: Fabrício Mota/Globo
O ator e humorista Tom Veiga, intérprete do Louro José, morreu em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico, provocado por um aneurisma. É o que aponta o laudo do Instituto Médico-Legal ao qual a Globo teve acesso na manhã desta segunda-feira (2).
O AVC hemorrágico acontece quando um vaso sanguíneo – veia ou artéria – se rompe dentro do cérebro, extravasando sangue. É a quarta doença que mais mata no Brasil. Ele pode ser causado por doenças pré-existentes, como diabetes e hipertensão, entre outras, ou desencadeado por hábitos pouco saudáveis, como consumo excessivo de sal, açúcar e gordura, além de sedentarismo e tabagismo.
O exame de necropsia revelou que Tom Veiga já estava acometido por um aneurisma cerebral, que é um tipo de inchaço de vaso sanguíneo cujo rompimento costuma ser fatal. Geralmente, um aneurisma não provoca nenhum tipo de sintoma, o que dificulta diagnóstico precoce e tratamento eficaz.
Tom Veiga foi encontrado morto neste domingo (1) dentro do seu apartamento, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Ele tinha 47 anos e deixou quatro filhos.
O velório será na terça-feira (3), restrito a familiares, e o enterro, na quarta-feira (4) em São Paulo.
A causa da morte de Veiga foi divulgada durante o programa Mais Você. A apresentadora Ana Maria Braga fez questão de apresentar o programa ao vivo nesta segunda-feira para homenagear o companheiro de bancada.
Ana Maria Braga e Tom Veiga — Foto: Reprodução/Instagram/Tom Veiga
Ana enfatizou o quanto a morte de Veiga a deixou abalada, tamanha a perda que representa para ela.
25 anos de Louro José
Veiga trabalhou no “Mais Você” desde a estreia do programa, em 1999. Responsável pela voz e pela manipulação do Louro José desde que o personagem foi criado, em 1996, ficou conhecido pelas tiradas de humor.
“O Louro José é encrenqueiro, rabugento, chavequeiro, galanteador, mas é muito divertido, inteligente. Às vezes, quando eu revejo um programa, eu me pego dando risada. Eu dou risada com o Louro. O legal na personalidade dele é que cresceu, mas continua uma grande criança”, disse Veiga em depoimento ao site Memória Globo.
Ana Maria e Louro José — Foto: Reprodução/TV Globo
AVC
O Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame cerebral é a doença que mais mata e incapacita no Brasil, com média de 68 mil mortes por ano.
As grandes dificuldades em relação ao AVC são identificar os sintomas e a resistência da população em buscar ajuda imediatamente. É importante também anotar a hora em que os primeiros sintomas apareceram.
Para que as sequelas sejam evitadas, ou pelo menos reduzidas, a Rede Brasil AVC, organização não governamental voltada para melhorar a assistência ao paciente no país, indica os cinco principais sintomas, que devem ser rapidamente considerados. A ONG informa ainda que, assim que identificados os sintomas, deve-se ligar imediatamente para o SAMU (192) ou para o serviço de ambulância de emergência da sua cidade.
Connheça os principais sintomas do AVC
Fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo;
Confusão, alteração da fala ou compreensão;
Alteração na visão (em um ou ambos os olhos)
Alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar;
Dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente
Além dos sintomas, é importante que a população conheça os fatores de risco e as formas de evitar a doença. De acordo com a Rede Brasil AVC, pacientes com hipertensão arterial (pressão alta) têm chances de quatro a seis vezes maiores de terem um AVC. Pessoas diabéticas e/ou com altas taxas de colesterol e triglicérides, também precisam ficar atentas.
Outros fatores que aumentam as chances de AVC são o as doenças cardíacas, o tabagismo e o sedentarismo, por isso, a atividade física é um importante meio para se evitar a doença.
Tratamento e recuperação dos pacientes
Os distúrbios mais frequentes nos pacientes que sofrem um AVC são aqueles que acomentem a linguagem, memória e os movimentos, principalmente de braços e pernas, devido a grande rigidez muscular e dificuldade de relaxamento.
Esse tipo de sequela foi apontada como o mais incapacitante e impactante, já que diminui drasticamente a autonomia dos pacientes para a realização de atividades simples do dia a dia, como escovar os dentes, segurar um copo ou comer.
Fonte – Globo.com