Maju Cotrim

O senador tocantinense e líder no Congresso, Eduardo Gomes (MDB) deu entrevista á CNN Brasil neste sábado, 25, na qual comentou o cenário político após a polêmica saída do ex ministro Sérgio Moro. A Gazeta acompanhou.

“O Presidente tem exército de apoiadores mesmo na crise”, disse Gomes que é peça importante da articulação política do governo no Congresso principalmente neste momento de crise e pandemia com tantos projetos indispensáveis para apoio á economia e para a população.

Questionado se há algum nome já sondado para substituir Moro ele afirmou: “Acompanhamos a citação de alguns nomes mas isso será anunciado pelo presidente”, disse. O senador frisou ainda que cabe ao presidente a nomeação e demissão de auxiliares. “Espera que venha um ministro com conduta ilibada, que com certeza será e que tenha capacidade técnica e profissional de esclarecer todas as dúvidas da população brasileira sobre esse episódio que ficou público ontem”, disse.

Sobre possibilidade do governo ficar isolado no Congresso após essa crise política, Gomes teve um olhar otimista e negou que isso vá acontecer. Ele falou do papel republicano dos Chefes de Poder neste momento.“Num episódio como esse fica muito claro a postura do presidente…que ele realmente deu carta branca a seus ministros mas é o Chefe do Executivo, é ele que no final das contas toma a decisão. É possível que políticos da Câmara e do Senado tenham aí possibilidade de avaliar o presidente, a transparência e forma clara que ele se comunica com as pessoas”, disse.

“Todos fizeram este comportamento de discutirem entre si o espaço necessário para as lideranças conversarem, sabemos que é o começo de uma crise mas não é a crise prioritária.  O combate prioriário é ao Covid 19. As iniciativas ainda isoladas de pedidos de impeachments ou CPI ficam dependendo da compreensão da grande maioria dos parlamentares se é o momento adequado e se existe um fato determinado”, ponderou.

Sobre como pretende lidar com os pedidos de impeachment apresentados após a saída de Moro: “Com responsabilidade e com a confiança de quem tem o presidente da Câmara com o maior tempo de mandato na história do país…e o presidente Alcolumbre tem conduzido de maneira muito coerente o Senado e o Congresso…é preciso entender que não há uma só dúvida que tenha sido colocada na fala do ex-ministro que não tenha sido respondida pelo presidente Bolsonaro “, pontuou.

“Esperamos que cada um tenha condição de colocar sua versão e que isso não acabe com a legimitidade constitucional do presidente”, chegou a dizer. No momento o Congresso analisa 28 iniciativas do poder público neste momento no combate ao Covid. “Esse é o sentimento de prudência e análise”, disse.

“Boa parte do governo absorveu esse episódio fazendo que se deve fazer neste momento: amanhecer o dia trabalhando buscando soluções para as cidades brasileiras, para os profisisonais da saúde e sabemos como vamos reverter essa questão econômica”, disse.

Veja as principais falas de Gomes:

“Todos acompanharam de perto uma pré-crise no ambinete político desde três quatro semanas atrás entre o ex-ministro Sérgio Moro  e o presidente Jair Bolsonaro, isso se percebia mas a gente entendia que o que fosse o resultado isso seria feito no momento adequado a ponto de não contaminar mais ainda o ambinete de emergência, de luta diária do parlamento, do poder executivo no comante á Covid 19 nem nas soluções que o governo busca oferecer á população na garantia de renda e condições de vida mas a vida é assim mesmo, ontem se concretizou o pedido de demissão”, disse.

“No dia de hoje boa parte dos paralmentares conversando nos grupos específicos ficou claro que áudios existem por todas as partes, prints existem por todas as partes só não são mais importantes que o combate efetivo á Covid 19 e a urgência que a população espera neste momento. Nosso sentimento é de ressaca porque afinal de contas uma parte importante do governo muda de comando mas ao mesmo tempo de esperanca que o presidente nomeará o novo ministro da Justiça ele passará a lidar com esses assuntos todos e não a demissão do ex-ministro Moro”, disse.

“Mais do que qualquer avaliação sobre esse episódio, o combate á Covid 19, o socorro aos estados municípios e a essa emergência que o Brasil passa hoje são mais importantes”, afirmou.

“Não podemos colocar um episódio que tem muito mais de política do que de crime efetivo adiante de um momento que o país espera condições de saúde para sair da crise”, pontuou.

“É preciso cuidar de cada coisa ao seu tempo”

“É um momento que a população para para observar aqueles que confundem oportunismo com oportunidade. Oportunidade é ir em busca de coisas corretas no momento correto. Oportunismo muitas vezes é se precipitar e tentar fazer política na hora errada”.

“Grande maioria do Congresso pretende bem mais apoiar as iniciativas específicas de Covid e socorro aos estados e municípios”

“O presidente da República tem um verdadeiro exército de apoiadores. Esse laço não foi quebrado”

“Alcolumbre tem sido prudente e patriota”

Assista a íntegra da entrevista