O segundo bloco do debate entre os candidatos à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), transmitido pela TV Bandeirantes neste domingo (16/10), teve como temas principais a composição do Supremo Tribunal Federal (STF), o orçamento secreto, o Petrolão e a propagação de fake news. Nesta etapa, os concorrentes responderam a perguntas formuladas pelos jornalistas.
A primeira pergunta foi feita pela jornalista Vera Magalhães e versou sobre propostas de mudanças para o Supremo Tribunal Federal (STF), como a ampliação de vagas no órgão do Judiciária ou a criação de mandatos temporários para os ministro da Corte.
Enquanto Lula defendeu que os ministros da Suprema Corte sejam escolhidos por competência e não tenham vinculação política, Bolsonaro se comprometeu a não dar andamento as alterações, assumindo que, caso seja eleito, sua expectativa é indicar mais dois ministros e “equilibrar” a composição do tribunal.
A segunda pergunta foi feita pelo jornalista Rodolfo Schneider, da TV Bandeirantes, e tratou da relação entre a Petrobras e a política. Bolsonaro disse que o valor dos combustíveis explodiu com pandemia da Covid-19 e a guerra na Ucrânia, mas que ele conseguiu abaixar os preços para a população abrindo mão de todos os impostos federais. Já o candidato do PT defendeu que o preço dos combustíveis não seja fixado com base no dólar e se disse contra a privatização.
Patrícia Campos Melo, da Folha de S. Paulo, lembrou que ambas as campanhas já propagaram informações falsas e perguntou se os candidatos se comprometeriam a penalizar quem espalha mentiras. Lula disse que o adversário conta mentira o tempo todo e lembrou que em outras campanhas que participou o “nível era outro”. Já Bolsonaro lamentou ter sido acusado de pedofilia e citou decisão de Alexandre de Moraes que mandou retirar o vídeo das redes sociais do PT.
Por fim, Josias de Souza, do gupo UOL, perguntou sobre a relação com o Poder Legislativo afirmando que cada um dos dois candidatos compraram apoio enquanto ocupavam a presidência. Bolsonaro disse que o orçamento secreto não tem nada a ver com ele. Já o ex-presidente disse que pretende criar o orçamento participativo.