Com uma média de 12 ingressos forçados por semana, agentes de combate às endemias e o corpo técnico da Unidade de Vigilância e Controle Zoonoses (UVCZ) adentram imóveis abandonados na Capital em busca de eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti.

Sempre acompanhados por um chaveiro e por agentes da Guarda Metropolitana, eles se deparam com piscinas sujas, mato alto, folhas e frutos nos quintais, entulhos e até roupas e móveis deixados para trás. “Na piscina suja e nos ralos, a gente faz o tratamento com larvicida que impede que larvas se transformem em mosquito adulto. E as informações sobre esses imóveis abandonados são encaminhados para Fiscalização Urbana com o intuito de notificar o proprietário sobre os riscos que o seu imóvel representa para saúde pública e para que o mesmo tome as providências o mais rápido possível”, explica a bióloga da UVCZ, Lara Betânia Melo.

Divulgação Semus

Na manhã desta quarta-feira, 30, a equipe da UVCZ vistoriou três casas na Arso 23. Durante a missão, o funcionário público Alessandro Ramos, morador da quadra, pediu para a equipe vistoriasse uma casa ao lado da sua. “Eu cuido do meu quintal para não dar lugar ao mosquito, mas moro ao lado de um terreno baldio e uma casa que está abandonada há pelo menos seis meses e aqui na frente tem outras duas casas abandonadas também que não vejo moradores há muito tempo”, conta o morador que mora no local há nove anos e está preocupado com a infestação de mosquitos.

De acordo com a bióloga Lara Betânia, esse serviço é feito o ano todo, entretanto, no período chuvoso ocorrem mais denúncias por parte dos moradores, vizinhos desses imóveis abandonados. Os telefones para solicitar vistorias em imóveis abandonados são o 3218-5561 ou 3218-5087.

Mutirões

Desde o resultado do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) em outubro do ano passado que apontou um índice de infestação acima de 4, fato que ocorreu em mais de 500 municípios brasileiros, a Prefeitura de Palmas, através dos mutirões, tem convocado a população para ajudar nessa luta contra o mosquito, visto que o maior percentual dos focos encontrados  estão dentro das residências.

A quadra Arno 32 foi uma das que receberam a visita dos agentes de combate às endemias. No quintal do pensionista Derocy de Oliveira estava tudo certo e bem cuidado. “Sempre troco a água do cachorro, esvazio aquele recipiente atrás da geladeira, não deixo nada acumulando água. Mas o bom seria que todos os vizinhos fizessem o mesmo, porque a gente acaba adoecendo com o desleixo dos outros”, ressalta.

De acordo com o agente Neuton dos Santos, a cada três casas inspecionadas por ele, uma tinha alguém com dengue. “E ainda tem pessoas que não querem deixar a gente entrar. Então informamos que tem gente doente e eles acabam cedendo”, diz Santos.

Ele explica ainda que é importante fazer o descarte correto de latas de bebidas, cascas de frutas e ovos, limpar o recipiente que acumula, água atrás da geladeira. “Porque muitas vezes a gente não enxerga os ovos a olho nu, então é melhor prevenir”, disse o agente, que também orientou o senhor Valdecy Santana a dar um destino correto a umas madeiras e telhas no quintal para evitar escorpiões.

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