Daleti Jeovana
Mães de pacientes  fazem apelo ao Estado para que a medicação disponibilizada pelo SUS – Sistema Único de Saúde, para portadores de hipopituitarismo (deficiência de hormônio do crescimento) e também para o tratamento de síndrome de turner , que ambos fazem tratamento de hormônio para crescimento, seja substituído.
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A jornalista, Joesia Cardoso tem uma filho de 13 anos que faz o tratamento. Segundo ela afirmou ao Portal Gazeta do Cerrado as crianças que utilizam a injeção, reclamam muito dos efeitos colaterais, pois sentem muita dor. “Dói muito as crianças gritam de dor”, afirma.
Segundo a mãe, há outro medicamento similar que as crianças utilizam sem reclamar. “O outro medicamento as crianças utilizam tranquilamente e não tem reclamação alguma porque esse não dói”, disse.
Ainda conforme Joesia, o tratamento é feito todos os dias e após a aplicação há crianças que não conseguem andar. “Ele é um remédio que é aplicado todos os dias nas crianças, as pessoas passam 365 dias do ano tomando a injeção. Meu filho tem 13 anos e grita de dor, agora imagine crianças pequenas. Tem crianças que não conseguem andar após a medicação”, afirma.
Entenda o caso
Foi protocolada na 2ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública e Registro Público da Comarca de Palmas, uma Ação Civil Condenatória da Defensoria Pública exigindo a substituição do medicamento Eutropin por outro similar.

O pedido atende à reclamações de  mães de crianças portadores da deficiência de hormônio que procuraram a Defensoria Pública e relataram que as crianças não estão conseguindo prosseguir o tratamento em razão dos efeitos colaterais da medicação Eutropin, distribuído pelo laboratório Asphen Pharm.

Anteriormente o Estado fornecia o medicamento Hormotrop do laboratório Bergamo e não havia reclamações, porém quando houve a substituição, diversos problemas apareceram, causando vários prejuízos para a saúde dos pacientes como a dor intensa no início, durante e depois da aplicação, bem como trauma, receio, em razão da dor causada, entre outros sintomas, fazendo com que os menores não queiram mais realizar o tratamento.

Em outros Estados foram registradas reclamações a respeito do medicamento sendo eles: São Paulo, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Goiás. Já existe decisão judicial favorável para a substituição do medicamento levando em consideração a qualidade de vida dos pacientes.

Apesar do medicamento ser fornecido a menor preço, a Defensoria Pública ressalta que justificativa orçamentária não pode se sobrepor a qualidade de vida daqueles que necessitam do tratamento.
Foi verificado também um desperdício da medicação e do dinheiro público, pois as crianças e adolescente que usam o Eutropin 4UI só podem realizar uma aplicação, de forma imediata, as sobras das ampolas não podem ser reaproveitadas.