Maria Cotrim

O presidente afastado do Sindiposto, Eduardo Pereira, popular Duda, foi intimado para depor no caso do assassinato do empresário e também dono de posto de gasolina em Porto Nacional e Palmas, Wenceslau Gomes Leobras de França Antunes, popularmente conhecido como Vencin. Duda é apontado como mandante do crime mas nega todas as acusações.

Duda-Pereira-Batista

A intimação de Duda aconteceu no dia 18 de outubro. A audiência será no dia 13 de fevereiro de 2017 ás 14 horas.

Entenda o caso

O Ministério Público Estadual chegou a pedir a prisão preventiva de Eduardo Augusto Rodrigues Pereira, mais conhecido como Duda Batista, em julho deste ano. O pedido foi protocolado no e-Proc da justiça do Tocantins, sob o Nº 0004136-91.2016.827.2737 por volta das 20 h e foi feito pelos procuradores da 1ª Promotoria de Justiça Criminal de Porto Nacional.  Duda Batista é filho de Batista Pereira, dono de postos de gasolina em Porto Nacional e em Palmas.

De acordo com o pedido de prisão feito pelos Promotores da 1ª Promotoria, nos autos analisados “há prova da materialidade da infação, bem como indícios suficientes de autoria, conforme já narrados na denúncia crime, cumprido os requesitos descritos no artigo 312, in fine, do CPC. Ao realizar a valoração jurídico penal dos fatos, trata-se de homicídio doloso duplamente qualificado, praticado contra idoso”.

Os promotores temiam que, caso Duda Batista não seja preso, ele pudesse interferir nas investigações e no processo. “Ademais, depreende-se do bojo dos autos que o acusado, se solto estiver, certamente provocará sérios abalos à instrução criminal, eis que testemunhas, inclusive oculares, já estão ameaçadas de morte e temerosas por suas vidas”, afirmam os procuradores no pedido de prisão.

Ainda segundo os promotores, uma das testemunhas ocular do homicídio declarou em juízo que Vencinho estava sendo ameaçado , dias antes da sua morte, por Eduardo, vulgo “sapatinho rosa”, por causa do interesse da vítima em instalar um posto de combustível em Palmas. Após a denúncia, ainda alega a promotoria, a testemuha “passou a ser ameaçada de morte, tanto por telefone, quanto pessoalmente, a mando domandante do crime”, diz a petiação.

Outra testemunha nos autos afirmou que Vencinho vinha sendo ameaçado de morte por Duda Batista simplesmente por querer abrir um posto de combustível em Palmas e praticar preços competitivos, mais baixos do que o praticado no mercado da capital. Veja a denúncia e o pedido de prisão completo aqui.

O processo ainda estava em segredo de justiça, mas liberado após pedido do MPE para que o advogado do acusado tivesse acesso às informações, inclusive a gravações de conversas telefônicas realizadas por Duda Batista com alguns interlocutores. Nomes de políticos e até de uma CPI que não chegou a ser aberta na Assembleia Legislativa foram citados em interceptações.