A sensação de viver no escuro é a realidade de 1,5 milhão de brasileiros que têm deficiência visual, segundo o último relatório do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Os dados parecem ainda mais alarmantes quando se descobre que a maioria dos casos de cegueira, pelo menos cerca de 90%, de acordo com o relatório, poderiam ser evitados. Por isso, falar da prevenção de doenças visuais é um dos objetivos do Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual, celebrado em 13 de dezembro.
Catarata, glaucoma, retinopatia diabética e degeneração macular relacionada à idade (DMRI) são algumas das principais causas de cegueira no país. “Apesar de serem problemas graves, para todas essas doenças existe tratamento e quando o paciente segue à risca, é possível evitar o agravo e a cegueira, por consequência”, esclarece o oftalmologista do Hospital de Olhos, Dr. Tauan de Oliveira.
Apesar da evolução da medicina, o número de pessoas que perde a visão segue crescendo. O especialista em saúde ocular explica o porquê. “Boa parte das doenças que afetam a visão começam silenciosamente e aí, quando o paciente resolve buscar ajuda médica, o quadro clínico já está muito avançado, o que dificulta o tratamento”, diz o Dr. Tauan de Oliveira. A saída para esse problema começa com a conscientização em relação ao cuidado com a saúde dos olhos.
O melhor jeito de lidar com qualquer problema de saúde é a prevenção e, quando isso já não é possível, o diagnóstico precoce. Para se chegar a qualquer um dos dois resultados, o caminho é o mesmo. É recomendado que todas as pessoas passem pelo oftalmologista, no mínimo, uma vez por ano, mesmo sem nenhum sintoma que indique essa necessidade. A frequência das consultas pode ser maior para quem tem doenças como a diabetes e a hipertensão, que também podem prejudicar a visão.