Neste domingo, 20 de maio, a mais nova Capital planejada do País completa seus 29 anos com status de uma cidade jovem adulta e promissora. Sua última estimativa populacional já é de 286.787 habitantes. Um salto comparado aos primeiros registros populacionais de três anos após sua criação (1991), quando a recém-criada capital contava, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), com pouco mais de 19 mil moradores. Números que traduzem como Palmas cresceu e agregou mais e mais pessoas.
Se por ocasião da sua criação, em 1989, os primeiros moradores eram migrantes do interior do então norte goiano e de estados dispostos a erguer os fundamentos desta cidade, hoje o que impressiona é como sua atual população é jovem. Isso porque, segundo o IBGE, 41% dos moradores da Capital tocantinense possuem, atualmente, entre 15 e 39 anos. São 117.597 adolescentes, jovens e adultos com sonhos, projetos e missões que veem em Palmas um berço de oportunidades. “Em Palmas me sinto em casa, é aqui onde pretendo crescer e, por isso, acredito que é onde pretendo realizar meus sonhos”, diz, otimista, a jovem instrutora de yoga, Lila Baraky, que também completou em 2018 seus 29 anos.
A instrutora é do Espírito Santo e chegou a Palmas aos seis anos. Depois de duas mudanças em diferentes épocas para São Paulo, ela voltou a Palmas com um sentimento diferente. Formada em comércio exterior, Lila, que hoje também é mãe, se divide entre aulas de yoga, atividades circenses, venda de artigos de vestuário para yoga e pós-graduação. Recentemente ela conquistou o registro de microempreendedora individual (MEI), que ela cita como uma conquista.
Agora ela é mais uma MEI entre os de 16 mil registrados na Capital e que desempenha cerca de 300 atividades profissionais diferentes e que garantem a injetam na economia local cerca de R$ 900 milhões por ano, segundo estimativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Emprego de Palmas (Sedem). “Palmas tem a minha idade e está crescendo a olhos nus, acho que aqui tudo pode se criar e inovar. Todos podemos ser aqueles que podem trazer uma proposta nova e empreender”, diz entusiasmada, citando convites que já surgiram para trabalhar fora mas que ela não cogita considerar.
A prefeita Cinthia Ribeiro concorda que esta cidade planejada, que já se aproximando dos 30 anos, tem muito ainda para crescer. “Uma das marcas que queremos para Palmas é justamente de cidade eficiência e desafiada, enquanto capital que caminha rumo à maturidade, a investir em e empreendedorismo e inovação para atender as expectativas dessa jovem sociedade tão envolvida no imediatismo”, disse Cinthia.
Qualidade de vida
Mesmo com a rotina dinâmica, Lila é assídua visitante de parques e praças da cidade onde se exercita, seja correndo, praticando ciclismo ou yoga. Ela aproveita a grama e as sombras das árvores do Parque Cesamar ou do Parque dos Povos Indígenas (PPI), por exemplo, para se conectar com a natureza enquanto pratica yoga e diz que não troca esse privilégio para morar em outra cidade maior.
Essa é uma das características que atrai tantos jovens, como ela, que em plena fase de amadurecimento de sonhos, buscam em Palmas oportunidades de crescimento com as vantagens de uma cidade aberta à população. “Eu me sinto palmense. Gosto muito daqui, é uma cidade fácil de se viver, lembra uma cidade do interior com as vantagens de ser uma capital que oferece estruturas e serviços públicos. Aqui uso de tudo, da escola pública ao posto de saúde, porque é fácil, barato e funciona”, diz a jovem.
Uma demonstração relevante disso, segundo o IBGE, é de que Palmas tem 50,4% da população ativa (fora do sedentarismo) e 79,9% de arborização nas vias públicas. Ao passo que Brasília (DF), capital também planejada e que já possui 58 anos, possui 36,9% de arborização nas vias urbanas. Além disso, através do Viveiro Municipal da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos de Palmas (Seisp) e da Fundação Municipal de Meio Ambiente (FMA), centenas de mudas de plantas nativas já foram plantadas próximos a escolas, em canteiros e áreas verdes da cidade para ampliar ainda mais a arborização da cidade e garantir mais conforto climático.
Capital mais magra do País, segundo a pesquisa Vigitel do Ministério da Saúde (divulgada em 2017), Palmas também detém o título de capital com menor taxa de hipertensão. Reflexo do clima que construiu na cidade com a oferta de equipamentos públicos e espaços arborizados adequados para a prática de atividade física.
O presidente da Fundação de Esportes e Lazer de Palmas (Fundesportes), Orlando Rangel, reforça que a prática de atividades esportivas não pode ser vista apenas como recreação e lazer, mas encarada como um fator importante para a qualidade de vida da população. “Por isso, Palmas vem se destacando no cenário nacional oferecendo à população equipamentos esportivos que vão desde praças, parques, complexos esportivos, o parque da Pessoa Idosa, as praias. Todos esses equipamentos são locais onde o cidadão encontra ciclovias, pistas de skate, quadras poliesportivas, espaços para dança e realização de jogos e brincadeiras”, reforça o presidente. Segundo Rangel, Palmas busca, com incentivo à prática desportiva através ações com enfoque nos aspectos educacionais, econômicos e ambientais, levar à população, em qualquer faixa etária, bem estar e promoção da saúde.