O serviço de monitoramento de tornozeleiras eletrônicas foi suspenso no Tocantins. O motivo é uma dívida de R$ 2 milhões que o Estado acumula com a empresa responsável pelo sistema. Atualmente, de acordo com o governo, 425 presos são monitorados pelos equipamentos.
Segundo a empresa, o acesso dos agentes penitenciários ao sistema foi bloqueado nesta quarta-feira (31). Ao todo, o governo do Tocantins estaria sem pagar a empresa há 12 meses.
Esses equipamentos foram implantados no Tocantins em agosto de 2015 com o objetivo de desafogar o sistema prisional e reduzir os custos para o estado. Além disso, são utilizados para suprir a demanda de unidades do regime semiaberto no Tocantins. A cadeia de semiaberto de Palmas, por exemplo, foi incendiada três vezes e até agora não foi reconstruída.
Por outro lado, os equipamentos não são unanimidade entre os especialistas. Também não são sinônimo de segurança. Pois, vários casos de rompimento foram registados no estado. Além de presos que mesmo utilizando o equipamento voltam a cometer crimes.
Em dezembro do ano passado, por exemplo, uma tornozeleira eletrônica foi deixada na Central de Flagrantes de Gurupi, sul do Tocantins. Junto com o equipamento, o preso deixou um bilhete se identificando e dizendo o motivo de ter violado as regras de monitoramento: “Viajou, foi passar o Natal e o Ano Novo com a família e trabalhar também.”
Em agosto de 2017, um levantamento feito pelo G1 apontou que dos 384 presos que eram monitorados naquela época, 214 descumpriram as regras do regime de alguma forma. Eles deixam o limite territorial determinado, retiram os equipamentos ou deixam descarregar.
Fonte: G1 Tocantins