Maria José Cotrim

Mais de mil servidores cruzam os braços a partir desta sexta-feira, 24, na empresa Tel  Telemática e Marketing na capital, terceirizada que presta serviços para o INSS. Os funcionários reclamam de atraso de pagamento e más condições de trabalho.

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A paralisação começou ás 6h30 de hoje. São ao todo 1.600 servidores na unidade de Palmas dentre jovens e pais de família. Servidores alegam que os coordenadores do movimento grevista teriam sido perseguidos e alguns até demitidos em razão das reclamações.

Dentre os motivos alegados estão inclusive assédio moral. A Gazeta do Cerrado acompanha o caso e aguarda resposta da empresa sobre o assunto.

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Confira os motivos alegados pelos servidores para a greve:

20 MOTIVOS PARA FAZER GREVE:
1° – Acordo Coletivo 2017- Propostas decentes;
2° – Aumento de Sodexo;
3° – Os Mobiliários (TODOS) estão danificados, prejudicando a Saúde do Trabalhador;
4° – Não temos atendimento ambulatorial à noite e nem aos Sábados;
5°- Não fazemos exame de audiometria periodicamente;
6°- Não posso ficar doente, ou faltar com justificativas, pois não terei os mesmos benefícios e tratamentos de quem não ficou doente, portanto, sou prejudicado(a) por isso;
7°- Se eu utilizar Pausa BANHEIRO, sou prejudicado(a) e não concorro de forma igualitária com os que não fizer uso, pois a mesma Pausa continua como um dos critérios para gozo de Folgas;
8°- As TROCAS casadas são permitidas, porém apenas para quem possui bons indicadores. O que numa necessidade sou forçado(a) a faltar. Existe, inclusive, o bloqueio, não permitem que alguns operadores realizem trocas por um período. Muita inflexibilidade!
9°- As Mães não podem acompanhar seus filhos no hospital, pois a empresa não aceita atestado de acompanhante de um filho a partir de 4 anos e 1 dia, por exemplo, um absurdo! Mas, talvez a criança pegue um ônibus sozinha e vá até o hospital e talvez o hospital não se recuse atendê-la. Como assim, Brasil?!
10°- Há falta de respeito entre departamentos e hierarquias;
11°- Lutamos contra o Assédio Moral, Coação e Represálias;
12°- Lutamos contra o favorecimento a alguns, queremos direitos iguais. Lutamos também contra as demandas excessivas!
13°- Buscamos a redução da quantidade de monitorias diárias para os supervisores, é necessário definir a quantidade máxima;
14°- Queremos o Contrato – Projeto Decola;
15°- Buscamos clareza e formalidade nas informações – uma comunicação eficaz;
16°- Precisa-se do pacote Office nos computadores dos operadores para que os Supervisores realizem as suas atividades;
17°- Não temos motivacional;
18°- É imprescindível o cumprimento das obrigações como empresa, realizar as Contribuições Previdenciárias e FGTS dos empregados, realizar as atualizações nas CTPS…;
19°- Somos contra cobranças Abusivas;
20°- A empresa nem sempre paga as horas extras que os funcionários fazem. Se um(a) operador(a) atender uma ligação dois minutos antes do seu horário de ir embora, tem que atender até quando terminar o agendamento e/ou esclarecer todas as dúvidas do segurado(a). Algumas ligações duram 30 (trinta) minutos. E o(a) operador(a) só poderá ir embora depois que terminar de atender essa ligação. E a empresa nunca paga esses minutos que o funcionário(a) trabalhou. Desse jeito, o funcionário(a) está trabalhando de graça para a empresa, mesmo que não queira. O correto é o(a) operador(a) não ser obrigado(a) a trabalhar mais do que a carga horária (seis horas) estabelecida em contrato, ainda que esteja em ligação. Algumas vezes/dias o(a) operador(a) trabalha 6 (seis) horas e 30 (trinta) minutos para a empresa e isso não é registrado em sua folha de ponto. Consequentemente, o(a) operador(a) não recebe nenhum centavo por essas horas extras trabalhadas.

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