Atitude é positiva, mas vale algumas ressalvas

 

Equipe Gazeta do Cerrado

Com o distanciamento social e período de quarentena durante a pandemia de Coronavírus, um gesto de solidariedade vem aumentando em todo o país: a adoção de cães e gatos. Em Palmas, segundo grupos de proteção animal, a procura quase duplicou. O motivo: os bichinhos podem ajudar a diminuir a tensão e ser companheiro neste momento difícil. O que é visto com bons olhos, mas com algumas observações.

Keylla Farias faz parte de uma organização que resgata animais e os prepara para adoção na capital. Ela explica que a atitude é muito positiva, mas alerta, “a solidão da quarentena não deve ser o único motivo para adoção. Um animal é um vida. Tem custos e cuidados, precisa de amor e carinho. É necessário pensar a longo prazo antes de decidir.”

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Ela conta ainda que existem vários critérios para a adoção, e neste período, as triagens estão sendo realizadas com mais rigor e prezando pela guarda responsável. “O abrigo quer saber se realmente a pessoa quer adotar por responsabilidade, por ter consciência de uma adoção responsável ou se somente quer o bichinho para satisfazer vontades enquanto está dentro de casa.”

Para adotar procure pelas redes sociais os contatos de ONGs que facilitam e trabalham com adoção de animais na capital.

Protetores de animais alertam que:

  • Tempo livre dos novos donos em casa ajuda na adaptação dos animais
  • Enfrentamento da pandemia é bom momento para praticar a solidariedade e novos afetos,
    mas a ‘solidão da quarentena’ não deve ser único motivo para adoção
  • Rotina da família pós-quarentena precisa ser considerada, para evitar abandonos

 

172 mil animais em ONGs e Institutos

Um levantamento realizado pelo Instituto Pet Brasil aponta que a população de cães e gatos alojados em organizações não governamentais (ONGs) e instituições é de cerca de 172 mil. 96% desses animais são cães e os outros 4% são gatos. Geralmente estes locais conseguem alojar de 50 até 500 animais.

Fora desse quadro, existem quase 3,9 milhões de animais em condições de vulnerabilidade, aqueles que vivem sob cuidados de famílias abaixo da linha de pobreza ou que vivem nas ruas. O Sudeste é a região com a maior parte dos animais nessa situação, com mais de 78 mil.

 

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