Maju Cotrim, Editora-Chefe Gazeta do Cerrado – Foto – Divulgação

Há semanas recebo mensagens de leitores de municípios do interior relatando a quantidade de pessoas cada vez mais pedindo e precisando de ajuda para comer e conseguirem comprar alimentos básicos de subsistência.

Cidades do interior que através de grupos de WhatsApp muita gente transmite o clamor desesperado de famílias por comida. Uma fome que lateja de norte a sul do Tocantins e que não é sanada só com entregas de cesta básica. Há uma preocupação real por alternativas de combate á fome além do assistencialismo em cidades tocantinenses.

A busca por emprego e renda, a necessidade da chegada de empresas e o fim da dependência quase que total do emprego público são fatores que precisam ser levados em consideração.

Segundo o mapa da pobreza o Tocantins está em 15ª lugar neste triste ranking no país. , O vizinho Maranhão está em 1º lugar.

Conforme os dados oficiais, são pelo menos 180 mil famílias tocantinenses nesta situação: sem saber o que colocarão na mesa no dia seguinte! É um contexto ligado não só ás desigualdades mas á necessidade de políticas sociais mais efetivas.

No Tocantins quase 370 mil famílias utilizam programas de distribuição de renda e estao no Cadastro Único do Governo Federal. Milhares de famílias vivendo com R$ 200 por pessoa, ou até menos que isso.

Além do mapeamento destas famílias por parte dos municípios é preciso uma rede de políticas principalmente de amparo para bebês e crianças. Comer ainda é um desafio no país onde 33 milhões de pessoas sobrevivem com renda menor que R$ 289 por mês e principalmente no mais novo estado da federação.

Maju Cotrim – Jornalista e Editora-Chefe