Editora-chefe da Gazeta do Cerrado, Maju Cotrim Jacob – Foto: Arquivo Pessoal

Maju Cotrim

Mais uma semana começa no Tocantins na guerra contra a Covid e um final de semana de tantas perdas e notas de pesar. Jovens, idosos, políticos… a morte não tem poupado nenhum grupo etário ou social no Estado.

Nesta segunda onda que atinge o Tocantins, algo está sendo colocado à prova: a atuação dos parlamentares regionais. Tanto na estrutura hospitalar das regiões como no amparo social a postura dos representantes políticos das regiões nunca foi tão cobrada pela população.

Uma coisa é fato: não é hora de fazer política, porém, os efeitos das atuações neste momento difícil vão pesar nas eleições do próximo ano. Com o regime de sessões alterado em razão da pandemia e as restrições, os representantes políticos têm o desafio de não desamparar as regiões que representam.

O caso mais emblemático é Porto Nacional onde há um sentimento de revolta na cidade em meio à necessidade urgente de implantação de UTIs quando que o município histórico tem vasta bancada de parlamentares estaduais e até o presidente da Assembleia, Antonio Andrade aliado de primeira hora do governador. As UTIs ainda tem previsão de começar a funcionar a partir do dia 10.

No Vale do Araguaia, os deputados da região Osires Damaso e Nilton Franco também recorreram ao governo para agilizar a implantação de UTIs. Os prefeitos e líderes municipais estão de olho nas atuações neste momento difícil.

Para o Sudeste do Estado, também teve deputado que ergueu a voz pedindo a abertura de leitos de UTIs tendo em vista a situação crônica do hospital de Dianópolis.

No Bico do Papagaio, todo o processo de implantação das UTIs teve o acompanhamento dos deputados da região. Em Colinas, a deputada da cidade Amália Santana deixou as diferenças políticas de lado com o novo prefeito Kasarin e entrou também na luta por leitos de UTIs no hospital, que não tem ainda nenhuma confirmação de instalação.

Em Araguaína, também deputados da cidade atentos para dar feedback à população.

Uma coisa é certa: a luta para socorrer os municípios e regiões do Estado agora fará diferença na busca por mandatos no próximo ano. A pandemia já é um termômetro de representatividade política regional para 2022.