Maju Cotrim

Muita coisa ainda não está definida na composição das eleições para os comandos da Câmara e do Senado mas uma já é certa: as escolhas passaram direta ou indiretamente pelo Tocantins.

As eleições acontecerão nesta segunda-feira, 1º, e até lá muita coisa ainda pode mudar. Atualmente há uma tendência de maioria dos votos para Arthur Lira na Câmara Federal e Rodrigo Pacheco no Senado.

O Tocantins está inserido nos bastidores das duas eleições.

Na Câmara as duas candidaturas que polarizam, de Arthur Lira e de Baleia Rossi, contam com apoio de tocantinenses que estão engajados nas campanhas mostrando que o Tocantins tem influência nas articulações.

Gaguim articula mais apoios ainda para Lira e até um grupo do Democratas pode anunciar hoje apoio ao candidato do governo.

Aliados de Lira no DEM já começam a recolher assinaturas para levar o partido para o grupo do líder do PP e afirmam estar perto de ter mais da metade da bancada na lista, requisito para o partido integrar o bloco.

Por outro lado, após um dia de intensas reuniões, Professora Dorinha e Dulce Miranda estão firmes nas articulações pro-Baleia.


Elas fazem ampla mobilização junto á bancada feminina e junto a outros parlamentares também.

SD também

Outro ponto que passa pelo Tocantins: o SD que tem os dois tocantinenses Eli Borges e Tiago Dimas. Borges já está com Lira e Dimas têm preferido não se manifestar no entanto seu voto é contado nos bastidores como do grupo de Lira.

O Solidariedade está dividido entre Lira e Baleia. A expectativa do presidente da sigla, deputado Paulinho da Força (SP), é que a legenda entre no bloco de Baleia.

Senado

No Senado não é diferente a influência tocantinense. Os pesos e medidas para as indicações dos cargos na mesa não são apenas partidários. Eles levam em consideração outros fatores.

O candidato a presidente do Senado Rodrigo Pacheco (DEM-MG) já começou a montar com aliados a configuração que vai entrar em vigor na Mesa Diretora do Senado caso ele seja eleito na próxima segunda-feira (1º).

O senador Eduardo Gomes é cotado para ser indicado pelo MDB como 1º vice presidente no entanto não há confirmação oficial ainda. São cotados também Fernando Bezerra (PE) ou Veneziano Vital do Rego (PB) para a indicação.

O nome de Gomes, que é líder do governo no Congresso e atual 2º secretário, é o defendido por maioria para ser vice de Pacheco mas o assunto está em fase de articulações . A Gazeta acompanha.

Muitos tocantinenses estão na expectativa, no entanto, é necessário respeitar o time das articulações.

A segunda vice-presidência do Senado ainda não foi definida.

Irajá?

Até o senador Irajá Abreu estaria dentre os cotados para ser indicado para alguma vaga na mesa pelo PSD no entanto seu nome precisa ser avalizado pela maioria. Este domingo será decisivo e enquanto isso não há nada confirmado. Procurado pela Gazeta, ele não se manifestou ainda.

Outras vagas

A indicação para a segunda secretaria, responsável por fazer o relatório das sessões secretas, será do PP, que pode escolher Elmano Férrer (PI). A terceira secretaria, que organiza a lista de presença dos senadores e auxilia o presidente na apuração das eleições, ficará a cargo do PT, que vai indicar Rogério Carvalho (SE).

A Gazeta acompanha.