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Desde a pré-campanha a configuração desta campanha já chamou atenção pelas particularidades. Quem estava com um, deixou na véspera da convenção, quem não era candidato virou…. Quem era para estar com um lado ficou com o outro. Filho de um lado, mãe do outro… a população se brincar não entendeu nada até agora ainda.

Essa eleição também é sobre amizade e lealdade (ou falta dela). Josi Nunes, prefeita de Gurupi, pegou na mão de Mauro Carlesse para o Senado, assumiu sua coordenação política de campanha e está com ele no projeto de disputa este ano. A postura de Josi, segundo ela é de gratidão ao apoio que recebeu de Carlesse quando governador. De fato o governo entrou de corpo e alma na eleição dela para ajudá-la. Independente de eventuais julgamentos políticos ela e seu vice também, Gleydson Nato lá estão do lado de Carlesse.

Foram períodos de pré-campanha de muita especulação também sobre a aliança Dimas e Gomes. Todo dia uma suposta informação de que Gomes poderia ser o candidato, uma tentativa até de colocar um contra o outro e Gomes sempre tranquilo e exaltando os “30 anos de amizade”. Para quem duvidava Gomes levou Dimas para o PL, trouxe Flávio Bolsonaro para a convenção e agora articula apoio de prefeitos estratégicos. Como disse ele na convenção: “Viva a palavra do político”!

Ainda sobre amizade e lealdade, chamou atenção a carta do deputado federal Tiago Andrino ao anunciar que abriu mão de disputar para coordenar a campanha de Amastha. “Sem vaidade”, disse. A decisão partiu do próprio Andrino por considerar l projeto ao Senado mais importante neste momento. Ele vai coordenar politicamente a campanha assim como fez em 2012 quando ninguém da classe política acreditava na eleição de Amastha para prefeito.

O próprio grupo avaliou que ele teve desprendimento e também um gesto de amizade com Amastha.

Quando a questão é apoio de prefeitos muita coisa ainda não está definida mas, para o Senado e governo, muitos ainda estão divididos e esperando a etapa mais quente da campanha. A influência política para um apoio leva em conta justamente a parceira pela cidade, o que foi levado de recursos, é claro, mas também a amizade política construída. Todos são livres para apoiar quem quiser, é claro., e se tratando de política como me disse um leitor atento: “tudo muda como uma nuvem”. Cada eleição é uma eleição mas as posturas políticas não deixam de ser observadas.

O debate sobre amizade e gratidão voltou à tona após a noite desta terça-feira, 30, quando a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro declarou apoio à senadora Kátia Abreu para o Senado. Havia uma expectativa que ela apoiasse Professora Dorinha que além de ser candidata no grupo do governador Wanderlei Barbosa foi uma grande aliada de sua gestão, destinou mais de R$ 20 milhões para a capital e em 2020 foi a primeira a apoiá-la no seu projeto de reeleição.

Cinthia explicou ao fazer sua escolha que a aliança é de duas mulheres fortes por Palmas e pelo Tocantins e garantiu que as duas estão juntas para mais investimentos na capital. Ela fez então sua opção como gestora e política tanto para o governo quanto para o Senado.

Na salada do “quem tá com quem” desta eleição não basta só apoiar, é preciso que a população entenda esse apoio porque política continua sendo sobre coerência.

Que a população avalie todas as escolhas políticas e tome sua decisão dentro do que achar coerente!