A praia do Caju, na região sul de Palmas é bastante procurada por famílias para lazer principalmente noa finais de semana, mas nos últimos dias o aparecimento de manchas verdes na água perto da praia tem causado preocupação. Comerciantes da praia relatam que a maioria das manchas surge logo pela manhã e some no decorrer do dia. Mas que na área de banho, a água ainda está transparente e não apresenta alterações.

“Aqui dá para banhar tranquilo. Está boa a água, mas a gente fica preocupado. Porque lá na ponte, aquela lá está verde, ela vai descer para cá. Em 2015 e 2016 nós ficamos um mês sem trabalhar [por um problema semelhante]”, diz o comerciante Bernardino Gomes.

A água sob a ponte a que ele se refere está com a coloração esverdeada há mais de uma semana. O problema apareceu no ribeirão Taquaruçu. que é uma das fontes de água da praia do Caju.

Segundo o professor engenharia ambiental Emerson Guarda, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), o fenômeno é causado por microalgas que se formam por causa de nutrientes na água. O problema estaria relacionado ao esgoto doméstico que não foi tratado adequadamente. Ainda não está confirmado se as manchas na praia do Caju são causadas pelo mesmo problema.

A situação preocupa também porque a água contaminada pode causar problemas para a saúde dos peixes e até dos humanos. “Problemas na pele, problemas gastrointestinais se a água for consumida. Então a gente tem que tomar cuidado”, alerta Emerson Guarda.

O que diz a Prefeitura?

A Prefeitura de Palmas disse que está monitorando a situação na praia e que aconselha os moradores da região a procurarem outros pontos para banho, como as praias da Graciosa, das Arnos e do Prata

Confira a nota da prefeitura na íntegra

A Prefeitura de Palmas, por meio da Fundação de Meio Ambiente (FMA), esclarece que realizou análise das amostras coletas no Ribeirão Taquarussu e concluiu que diversos fatores contribuem para a presença de microalgas no Ribeirão, especificadamente na região da ponte da Avenida Teotônio Segurado, próximo ao estádio Nilton Santos. Vale destacar que a bacia do Ribeirão Taquarussu é extensa, abrangendo área urbana e rural, com isso vários critérios podem ser associados para o aparecimento das referidas algas e não apenas a um fator isolado.

Destes pontos podemos citar o uso de fertilizantes advindos da agricultura, o descarte irregular de esgoto, a localização da bacia urbana que recebe nutrientes advindos de vários pontos do Ribeirão que são potencializados pelas altas temperaturas e pela insolação fazendo com que esses organismos se desenvolvam.

Ressaltamos que o monitoramento na região, tanto do Ribeirão Taquarussu quanto na Praia do Caju, foi intensificado e campanhas de educação ambiental em massa para tratamento das fontes não pontuais devem ser realizadas e estimuladas, assim como parcerias para melhor controle da qualidade da água.

O Município aconselha que os moradores da região procurem as áreas destinadas próprias para o banho, como Praia da Graciosa, das Arnos e do Prata.

(Com informações da Tv Anhanguera)