Me Respeita Como Eu Sou: primeiro grito de visibilidade trans neste sábado, em Palmas

Para debater sobre Saúde e Empregabilidade de pessoas trans, será realizado neste sábado, 28, às 17 horas, a concentração “Me Respeita Como Eu Sou”, na quadra 210 sul NS 8, ao lado do Bar do Canarinho. O evento é uma ação da Associação das Travestis e Transsexuais do Estado do Tocantins (Atrato), em alusão ao dia da visibilidade trans e travesti, celebrado em 29 de janeiro.

O evento reunirá diversos profissionais da saúde, como a ginecologista Francielle Batista de Oliveira, e os cirurgiões plásticos Giovanni Augustus e Maitê Brandão, assim como a liderança da Atrato, Byanca Marchiori. “Esse é o primeiro grito de visibilidade trans aqui, a Atrato vem a muito tempo buscando esses momentos de empoderamento, mostrando a cara das pessoas trans do estado. Não é novidade que vivemos em um país que mais mata travestis e transsexuais, por esse motivo, vamos falar sobre saúde e empregabilidade, que são cruciais para nossa realidade”, destacou Byanca.

Saúde e Empregabilidade

Saúde e empregabilidade são tópicos sensíveis e preocupantes referente a comunidade trans, de acordo com a Associação Nacional de Travesti e Transsexuais (Antra) 90% das mulheres trans e travestis entrevistadas se mantém da prostituição. Outro agravante é em relação a evasão escolar, que segundo os dados do Projeto Além do Arco-Íris/ AfroReggae, apontam que 72% não possuem o ensino médio e 56% o ensino fundamental, o que devido a pouca formação, dificulta ainda mais a inclusão dessas pessoas no mercado formal de trabalho.

No quesito saúde, os dados são ainda mais alarmantes, já que de conforme o dossiê: Assassinatos e Violência Contra Travestis e Transexuais Brasileiras, de 2021, revela que as travestis e transexuais femininas vivem, em média, 35 anos, enquanto a população em geral é de 74,9 anos, evidenciando o grau de vulnerabilidade e a falta de acessos básicos enfrentados por esta parcela da população.

Objetivo

O principal propósito do encontro é a construção de um ambiente de troca, conscientização e aprendizado, assim como, mobilizar a população trans para debater sobre assuntos pertinentes à comunidade do estado, como a implementação do Ambulatório T. Todas, todos e todes estão convidades para participar da ação em prol da inclusão, diversidade e luta por direitos.