Lucas Eurilio

O médico Álvaro Ferreira da Silva, acusado de ter matado a professora e ex-esposa Danielle Chistina Lustosa Grohs em dezembro do ano passado, irá cumprir a pena em regime domiciliar. A sentença foi dada nesta quarta-feira, 07, porque a Justiça entendeu que Silva está com a saúde debilitada, impossibilitando assim que ele cumpra a pena no presídio.

De acordo com a decisão dada pelo  juiz titular da 1ª Vara Criminal, Gil de Araújo Corrêa, foi concedida a liberdade provisória sem fiança, mas para que isso aconteça, “o médico terá de cumprir algumas regras como, usar tornozeleira eletrônica ao se deslocar de casa para a unidade de saúde onde trabalha e aparecer perante as autoridades quando for solicitado”.

O crime aconteceu na quadra 1.004 Sul em Palmas e a professora foi encontrada com sinais de estrangulamento, o que foi confirmado pela perícia posteriormente. Danielle e Álvaro eram casados há quase 20 anos e a professora  já havia denunciado o médico por agressão, mas ele foi solto após uma audiência de custódia.

Para o advogado da família de Danielle, Edson Alecrim,  essa decisão faz com que as mulheres continuem sendo assassinadas. “Postura como a desse juíz, faz com que os índices de feminicídio aumentem não apenas no estado, mas em todo o Brasil”, afirmou à Gazeta.

Alecrim disse que próximo da data que comemora o dia Mundial das Mulheres, a família recebeu a notícia e estão decepcionados. “Os pais, irmãos da professora Danielle estão indignados com essa decisão. Eles irão recorrer e tentar colocar o assassino de volta na prisão” concluiu.

O Tribunal de Justiça do Tocantins foi procurado para comentar a decisão mas não respondeu aos questionamentos até o fechamento desta matéria.