Lucas Eurilio/Repórter Gazeta do Cerrado

Dois médicos estão sendo indiciados pela morte de um bebê recém-nascido que foi transferido para Palmas e morreu no último dia 15 no Hospital e Maternidade Dona Regina. De acordo com a Polícia Civil,  Rosangela Maria da Silveira e Sebastião Lacerda Lopes Junior vão responder processo pela prática de homicídio culposo e falsidade ideológica por terem alterado criminalmente a ficha de paciente da criança. Inquérito foi concluído nesta quinta-feira, 3.

Segundo informações da polícia, o bebê nasceu em um hospital particular e por conta de complicações, foi transferido para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em Gurupi, região sul do Tocantins, no entanto mesmo com exames que já indicavam um pneumotórax, o diagnóstico foi feito somente no dia seguinte, quando o recém-nascido precisou ser transferido novamente em uma UTI Móvel sob os cuidados do médico Sebastião Lacerda Lopes Junior.

No momento em que o bebê era transferido, os familiares relataram que a saturação oxigênio não era suficiente para que a criança se mantesse viva, o que foi comprovado durante as investigações.

A criança chegou no Hospital e Maternidade Dona Regina com os sinais vitais baixos e morreu no dia seguinte.

Ainda de acordo com a inquérito, os médicos fizeram uma adulteração criminosa na ficha de remoção do paciente, o que alterou os índices de saturação do oxigênio de 60% para 80%.

Por fim, as investigações concluíram que a morte do bebê se deu em conseqüência de vários erros médicos que poderiam ser evitados. A partir de agora, a Justiça aceitou a denúncia e ambos vão responder pelos crimes.