O Sindicato dos Médicos no Estado do Tocantins (SIMED-TO), que é parte na ação judicial que resultou no afastamento, pela Justiça, do senhor secretário estadual de saúde, considera que esse afastamento deveria se tornar definitivo, obrigando o Executivo estadual a nomear alguém capacitado para apontar soluções para a crise na saúde pública do Tocantins que se arrasta há vários anos.
A entidade aponta que os graves problemas que afetam o funcionamento do Hospital Regional de Gurupi, que embasam a decisão da Justiça, se repetem em outros hospitais públicos, a exemplo do Hospital Regional de Dianópolis. A unidade, após enfrentar falta de contratação de médicos especialistas para realização os plantões e bem como o fornecimento regular de insumos e medicamentos encontra-se terceirizado e agoniza na crise de gestão.
“Tão grave a situação daquela unidade que o Conselho Regional de Medicina (CRM-TO) concluiu pela interdição ética do Hospital, em recente vistoria da qual o SIMED-TO participou”, informou o Sindicato.
Por fim, a entidade avalia que a crise na saúde se agrava por que o Estado não tem mais nenhuma credibilidade junto aos profissionais da saúde, não paga nem os direitos que deve e por isso o Judiciário tem bloqueado e levantado recursos nas contas do Tesouro Estadual para contornar a irresponsabilidade da gestão estadual com a vida dos tocantinenses.
Vai recorrer
O secretário ainda não tinha sido notificado até a noite desta quarta-feira, 30, e já adiantou que vai recorrer.