A taxa global de oxigênio nos oceanos diminuiu cerca de 2% entre 1960 e 2010, segundo o relatório (PlanctonVideo/Thinkstock)
A taxa global de oxigênio nos oceanos diminuiu cerca de 2% entre 1960 e 2010, segundo o relatório (PlanctonVideo/Thinkstock)

As mudanças climáticas e acidificação estão acabando com o oxigênio dos oceanos e ameaçam muitas espécies, de acordo com o maior estudo sobre o assunto publicado neste sábado pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), no momento em que ocorre, em Madri, a Conferência do Clima da ONU (COP-25).

A taxa global de oxigênio nos oceanos diminuiu cerca de 2% entre 1960 e 2010, segundo o relatório.A perda das reservas de oxigênio pode ser de3a4% até 2100 se as emissões continuarem aumentando no ritmoatual.

As conclusões indicam que a perda de oxigênio “constitui uma ameaça crescente para a pesca e para alguns grupos de espécies como atuns, marlins e tubarões”, segundo a IUCN,que mantém uma“lista vermelha” de referênciasobreasespéciesameaçadasno mundo.

“À medida que os oceanos perdem o oxigênio pelo aquecimento, o delicado equilíbrio da vida marinha enfraquece”, disse Grethel Aguilar, diretor geral interino da IUCN.

A desoxigenação é explicada principalmente por dois fenômenos: o aumento “de nutrientes dos continentes e dos depósitos de nitrogênio derivados do uso de combustíveis fósseis”e“o aquecimento das águas oceânicas devido às mudanças climáticas”.

A IUCN analisou 700 lugares no mundo, geralmente perto da costa ou em mares semi-fechados, com baixa taxa de oxigênio, em comparação com 45 na década de 1960.

Fonte: Exame