Foto – Lia Mara
Lucas Eurilio – Gazeta do Cerrado
Imagina ter que trabalhar 16 horas de domingo a domingo e ainda ter que organizar uma aula, mesmo que de forma remota, para mais de 600 alunos.
Cansativo né? Parece ser quase impossível, mas alguns servidores da Educação estão tendo que se desdobrar em mil para dar conta de tanto serviço.
É isso que vários trabalhadores da Educação do Tocantins tem relatado em unidades escolares que são administradas pelo Estado.
Um grupo desses trabalhadores entrou em contato com a nossa equipe contando que estão totalmente sem suporte no preparo das aulas virtuais.
“Estamos com as equipes mega reduzidas, então toda vez sobra para os coordenadores pedagógicos imprimirem todo o material e enviar para os alunos. Eu mesmo atendo 600 e temos somente 2 servidores para fazer todo o trabalho”, disse
Conforme o grupo que não quis se identificar por medo de retaliações, os profissionais estão sobrecarregados com o trabalho excessivo e exaustos.
“Trabalho 16 horas de domingo a domingo executando um trabalho extremamente excessivo. Os professores não podem ser convocados e além disso, ainda tem as Lives propostas pela Seduc e pela DRE que muitas vezes são desnecessárias “.
Os denunciantes relatam ainda que a situação acontece em várias outras cidades do Estado.
“Se vocês fizerem uma visita em algumas escolas estaduais em Palmas irão constatar minha fala. No interior a situação fica bem pior ainda”, afirmaram à Gazeta.
O que diz a Seduc
A Gazeta entrou em contato com a Secretaria de estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc).
Em nota, o órgão afirmou que as unidades de ensino recebem orientação e apoio necessário para o planejamento das atividades remotas.
Um trecho a resposta diz ainda que as escolas possuem autonomia para organizarem o trabalho das equipes conforma suas especificidades.
Veja na íntegra
A Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc) informa que as unidades de ensino recebem toda a orientação e apoio necessários para o planejamento e desenvolvimento das atividades não presenciais.
É importante ressaltar que as escolas possuem autonomia para organizarem o trabalho das equipes conforme suas especificidades, de forma que as atividades não presenciais sejam realizadas zelando pela aprendizagem e cumprindo as medidas de distanciamento e prevenção à transmissão da Covid-19.
A Seduc lembra que o não comparecimento dos servidores à unidade escolar para realização presencial do trabalho é prerrogativa exclusiva dos servidores que fazem parte do grupo de risco, conforme o Decreto Nº 6.072, de 21 de março de 2020.