As informações foram repassadas pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). Um segundo caso suspeito, o primeiro notificado, em 21 de junho, segue em investigação. Trata-se de de um homem com idade entre 20 e 29 anos. Ele também está em isolamento domiciliar.
A pasta afirma que uma equipe de vigilância faz o acompanhamento diário do estado de saúde dos pacientes.
Também na sexta, a secretaria emitiu uma nota técnica aos profissionais de saúde das redes pública e privada, com orientações para tratamento e manejo da doença. Segundo o comunicado, pacientes com suspeita da varíola dos macacos devem ser mantidos em áreas separadas, até receber atendimento.
Também precisam usar máscara cirúrgica, desde o momento em que forem identificados na triagem. A orientação é de que, caso a pessoa esteja “em bom estado geral”, não há necessidade de internação.
Os pacientes devem cumprir isolamento domiciliar. Em seguida, as amostras colhidas serão encaminhadas para análise do Laboratório Central (Lacen).
A nota técnica da Secretaria de Saúde ainda orienta que profissionais da saúde evitem contágio entre si. A recomendação da pasta é de que sejam implementadas medidas de prevenção e controle de infecção nas unidades de saúde.
“Os serviços de saúde devem elaborar, disponibilizar de forma escrita e manter disponíveis, normas e rotinas dos procedimentos envolvidos na assistência aos casos suspeitos ou confirmados de Monkeypox”.
Portanto, as unidades devem informar:
- Fluxo dos pacientes dentro do serviço de saúde
- Procedimento de colocação e retirada de equipamento de proteção individual (EPI)
- Procedimento de remoção e processamento de roupas, artigos e produtos usados na assistência
- Rotinas de limpeza e desinfecção de superfícies
- Rotinas para remoção dos resíduos
- Rotina de transporte dos pacientes
Até quarta-feira (29), o Ministério da Saúde havia confirmado 21 casos de varíola dos macacos. Segundo a pasta, outros 23 estavam em investigação.
Em nota, a pasta informou que os casos confirmados estão em São Paulo (14 casos), Rio de Janeiro (5 casos) e Rio Grande do Sul (2 casos).
Já os 23 casos investigados estão nos seguintes estados:
- Ceará: 4
- Paraná: 3
- Rio de Janeiro: 3
- Rio Grande do Sul: 2
- Santa Catarina: 2
- Acre: 2
- Minas Gerais: 2
- Goiás: 1
- Espírito Santo: 1
- Rio Grande do Norte: 1
- Distrito Federal: 1
- Mato Grosso do Sul: 1
O que é a varíola dos macacos?
A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada.
A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:
- Por contato com o vírus – com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
- De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
- Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
- Da mãe para o feto através da placenta;
- Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
- Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.
Fonte: G1