O Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Tocantins (Monaf), que abriga a mais completa floresta fossilizada do mundo, completa, nesta quarta-feira, 4, 17 anos de criação. O Monaf está localizado no município de Filadélfia, a cerca de 430 quilômetros de Palmas, e é uma Unidade de Conservação (UC) sob responsabilidade do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins).

 

O acervo natural ocupa uma área de 32 mil hectares do cerrado tocantinense e a Unidade de Conservação ambiental foi criada pela Lei 1.179 de 4 outubro de 2000. De acordo com pesquisas realizadas no local, os fósseis têm mais de 250 milhões de anos. Entre os principais fósseis encontrados no monumento destacam-se as samambaias arborescentes. A Unidade de Conservação conta com um Centro de Recepção de Visitantes, que fica localizado no distrito de Bielândia, no município de Filadélfia. O local dispõe de uma estrutura adequada para receber profissionais e acadêmicos, contando com sede administrativa, banheiros, alojamentos masculinos e femininos, auditório e estacionamento.

 

O monumento é a floresta petrificada mais importante do Hemisfério Sul e a mais completa floresta fossilizada do mundo, tendo vivido no Período Permiano da Era Paleozóica, que remonta entre 250 há 295 milhões de anos. Além de ser objeto de pesquisa de diversos segmentos profissionais e acadêmicos, o monumento também gera renda para a população local, com a exploração da atividade turística, garantindo o desenvolvimento do setor, além de favorecer o surgimento de novos postos de trabalho e a qualificação da comunidade local.

monumento natural das arvores fossilizadasdo tocantins - foto carlos magno - secom (10)

 

A comemoração dos 17 anos do Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Tocantins tem um algo a mais. De acordo com o inspetor de Recursos Naturais e supervisor de Unidade de Conservação do Monaf, Hermísio Alecrim Aires, pela primeira vez na história do Monumento chegou-se ao mês de outubro sem a ocorrência de nenhum foco de incêndio.

 

Hermísio Aires atribui o alcance deste resultado às ações de conscientização implementadas e a uma gestão participativa. “Esse legado credita-se ao bom  desempenho de toda a equipe técnica na implementação do Manejo Integrado do Fogo (MIF) e na aceitação dessa ferramenta pelo público alvo. Estamos trabalhando com essa mudança de paradigma com os proprietários das áreas rurais que formam  a Unidade de Conservação”, afirmou, explicando que “a categoria monumento não tem necessariamente domínio público e o uso do fogo como ferramenta de manejo e a segurança ecológica do interior do Monaf vêm sendo discutidos e bem socializados por todos os residentes das áreas com histórico de incêndios. É uma alternativa que caminha pra se consolidar positivamente no Monaf, pois estamos promovendo o diálogo, alinhando, com os residentes, os interesses da UC relacionados à gestão territorial, conservação e desenvolvimento socioambiental”, concluiu.

 

O Monaf conta, atualmente, com uma equipe técnica permanente composta por inspetor de recursos naturais, historiador, guarda-parque, assistente administrativo, auxiliar de serviços gerais, além dos brigadistas temporários, todos profissionais que se destacam pela dedicação na rotina da unidade.