Foto – Flaviana Ox

O lindô, os congados, as danças tradicionais indígenas, a dança do maculelê, do lenço e do tambor, compõem parte das manifestações culturais no Tocantins e poderão ser conferidas em uma programação especial que acontece online a partir da próxima segunda-feira, 11, até sábado, 16. O projeto Do Ritual – Mostra de Danças Populares e Tradicionais do Tocantins acontecerá no canal do Youtube Ninho Cultural, às 19 horas. A exibição é gratuita e a classificação é livre.

A programação ofertará todos os dias apresentações com grupos tradicionais de diversas regiões do Tocantins. Na mostra será possível conhecer um pouco mais sobre as expressões culturais das comunidades indígenas, quilombolas e do interior do Estado. Integram a programação a Dança do Lindô (Comunidade Cocalinho), Os Cantos do Maracá (Comunidade Indígena – Xerente), Dança do Lenço (Barra da Aroeira), Dança do Tambor (Monte do Carmo), Dança do Maculelê (Barra da Aroeira) e Dança do Congo e Taieiras (Monte do Carmo).

De acordo com a diretora artística da Mostra, Liu Moreira, além das apresentações, o projeto conta com entrevistas com os integrantes dessas comunidades. Para a elaboração dos documentários que compõe a mostra “Foi realizado o registro audiovisual e fotográfico com a ida da equipe de produção técnica e artística na cidade dos grupos, onde foi realizada a gravação de uma apresentação de cada grupo e entrevistas”, explica.

As entrevistas tiveram como temática a história do grupo, curiosidades sobre o vestuário e acessórios típicos da dança, um pouco sobre as músicas e os instrumentos musicais que compõe a apresentação. “O projeto é de extrema relevância para cultura popular, pois procura salvaguardar, registrar e divulgar os saberes e fazeres tradicionais, valorizando e dando visibilidade aos grupos de dança que representam a cultura tradicional do Tocantins”, complementa Liu Moreira.

Como fruto do projeto foram concebidos seis vídeos documentários. Todas as exibições dos vídeos contam com intérprete de Libras. Após a semana de estreia, os vídeos ficarão disponíveis para livre acesso do público, de forma gratuita, no canal do Youtube do ninho cultural e na landpage https://ninhocultural.com.br/mostradoritual, até o dia 20 de outubro. Neste canal terão acesso as apresentações, entrevistas e portfólio de todos os grupos de dança selecionados.

 

Projeto

O projeto “Do Ritual: Mostra de Danças Populares e Tradicionais do Tocantins” é uma realização da Associação de Artes Ninho Cultural e do coletivo de criação cênica Agulha Cenas. O patrocínio é do Prêmio Aldir Blanc, do Governo do Estado do Tocantins, com apoio do Governo Federal – Ministério do Turismo – Secretaria Especial da Cultura, Fundo Nacional de Cultura”.

Ficha Técnica

Realização: Ninho Cultural e Agulha Cenas
Produção Executiva: Renata Souza
Direção Artística: Liu Moreira
Repórter/Fotógrafo: Emerson Silva
Design Gráfica: Flaviana OX
Diretor Técnico: Diego Brito
Captação e edição de vídeo: Jardel Florêncio (LookUp Films)
Intérpretes de libras: Camila Pinheiro e Daiz Campelo

Programação
Mostra online – Canal do YouTube Ninho Cultural
11/10 – Dança do Lindô (Cocalinho)
12/10 – Cantos do Maracá (Indígena – Xerente)
13/10 – Dança do Lenço (Barra da Aroeira)
14/10 – Dança do Tambor (Monte do Carmo)
15/10 – Dança do Maculelê (Barra da Aroeira)
16/10 – Dança do Congo e Taieiras (Monte do Carmo).

Lumaréu

Foto – Flaviana Ox

 

Paraíso do Tocantins, Natividade e Gurupi são as cidades tocantinenses escolhidas para receber a circulação do espetáculo “Lumaréu”, do Coletivo Agulha Cenas. A turnê pelo interior do Estado teve estreia na última semana, em Paraíso, e conta ainda com apresentações em Natividade neste próximo sábado, 16, e Gurupi dia 23 de outubro. A classificação é livre e a duração do espetáculo é de 60 minutos.

Neste sábado, 16, o Coletivo se apresenta na Praça Leopoldo de Bulhões, no centro da cidade de Natividade. O espetáculo é formatado a partir de experiências estéticas da ressignificação  do poder do fogo. Embora ameaçador, o poder do fogo assume no espetáculo um sentido positivo, combustível da perseverança, da capacidade de se conhecer e se reinventar. “Juntos, fatos brutos e poesia representam um rico contexto”, adianta a diretora do espetáculo, Renata Souza.

A produção artística une dança, poesia e teatro para trabalhar peculiaridades da realidade ambiental, social e cultural regional e aborda a ressignificação do elemento fogo como símbolo recorrente em experiências estéticas, como no caso de produção poética de Paulo Aires Marinho, onde ele testemunha como o fenômeno ressoa na subjetividade dos tocantinenses: “Sigo aprendendo do fogo/A lição dos olhos que dormem, /E renascem por pura teimosia, /Contrariando a inveja das cinzas.”

Projeto

O projeto Lumaréu é uma realização do Coletivo Agulhas Cenas, contemplado pelo prêmio Aldir Blanc, da Agência do Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (ADETUC) e Governo Federal – Ministério do Turismo – Secretaria Especial da Cultura e Fundo Nacional da Cultura.

Agulha Cenas

Um coletivo de criação cênica que realiza espetáculos autorais para teatros e espaços adaptados. Fundada em 2016, desenvolve uma proposta cênica multilinguagens (dança, música, teatro) de caráter lírico, ligada à expressão de estados interiores e à musicalidade da palavra e do movimento. Trabalha com materialidades corporais, visuais, textuais, vocais e sonoras, organizadas em camadas de sentido que mantêm sua lógica interna, ao mesmo tempo que dialogam umas com as outras. Cada espetáculo e projeto nasce de um processo colaborativo que parte da interlocução com legados culturais compartilhados e costura percursos sensoriais e narrativos. Atualmente, o Coletivo é dirigido por Renata Souza e Elton Fialho.

Ficha técnica

Coreografia e Direção Artística: Renata Souza

Poesias: Paulo Áries Marinho e Camões

Fotografia e Design Gráfico: Flaviana OX

Figurinos e Cenário: Vivian Oliveira e Gedeane Santos

Operação de Som e Contrarregragem: Juan D’Angelo

Criação de iluminação e operação: Daniel Mangaba

Elenco: Elton Fialho, Liby Ahias, Carlos Gontijo, Maria Antônia Dantas, Vanessa Sousa e Renata Souza

Festival Bem Ali

Big Marias é uma das bandas tocantinenses que estão na programação do Festival Foto – Divulgação

O Festival Bem Ali está de volta! Com uma edição especial, o evento neste ano será online e acontece neste domingo, 17, com transmissão a partir das 17hrs. Esta sétima edição do festival contará ainda com 11 bandas, sendo uma internacional, durante programação diversificada para o público tocantinense.

Entre as atrações anunciadas pela produtora Árvore Seca, a idealizadora do evento, duas estão de volta para o festival, são elas: Stolen Byrds (PR) e Red Mess (PR). As novidades ficaram a cargo de Disaster Cities (SP), Papisa (SP) e Petit Mort (ARG/BRA), duo que é a atração internacional desta edição.

Representando a cena local de bandas, estão Boca de Cantora e Os Piaba, Imaginário Mundo, Magoo e o Bando Urtiga, Big Marias, Indxxr e Kanichi, esta última que entrou na programação através de uma seletiva com votação popular pelas redes sociais da Árvore Seca (@arvoreseca no Instagram).

A transmissão do Bem Ali 2021 será pela internet, através do canal oficial da produtora Árvore Seca no Youtube. A transmissão começa às 17 horas.

Nossa História

Nascido em 2015, com shows na então Praça da Árvore, espaço público e aberto no centro da capital do Tocantins, Palmas, o Festival Bem Ali chega, cabalisticamente, este ano a sua sétima edição e comemora com uma programação que bate o recorde de presença feminina no line-up.

Ao todo são seis anos de trajetória. O Bem Ali é hoje um dos maiores festivais de música independente do Tocantins e chegou a ter duas edições em um só ano. Em 2020, assim como outros eventos do mesmo porte pelo Brasil, por conta da pandemia, o evento entrou em hiato. Graças ao incentivo da Lei Aldir Blanc, em 2021 pode sair do papel, mesmo que acontecendo virtualmente.

Criado para dar palco e oportunizar espaços para que as bandas autorais da cena independente palmense pudessem se apresentar com certa frequência, com sua sétima edição, o Bem Ali chega a marca de 23 shows com bandas tocantinenses em sua programação durante sua história.

Este ano, seis bandas tocantinenses se apresentam presencialmente no Teatro do Sesc Palmas para a live do domingo. Boca de Cantora e Os Piaba, Imaginário Mundo, Magoo e o Bando Urtiga, Big Marias, Indxxr e Kanichi. Essa última escolhida durante a tradicional seletiva do Festival, que tem votação pelo Instagram da produtora Árvore Seca, realizadora do evento.

Completam a programação cinco bandas convidadas de outros estados: Stolen Byrds (PR) e Red Mess (PR), que já tocaram em outras edições do evento, Disaster Cities (SP), Papisa (SP) e Petit Mort (ARG/BRA), duo que é a atração internacional deste ano.

Na montagem do line-up, dentre os critérios para decidir as atrações de fora do Tocantins, a curadoria foi atrás de bandas que estavam com materiais novos ou com lançamentos previstos para emplacar no festival. É o caso da Stolen Byrds, Disaster Cities e Red Mess.

Regionalmente, parte dos artistas escolhidos para integrar a programação são calouros no Bem Ali ou são aquelas bandas que capricharam na produção de novas músicas durante o último ano, como Magoo e Bando Urtiga que lançou em julho o álbum ‘As crônicas de Sucupira Gotham City.

Primando por uma diversidade musical e estética, a curadoria decidiu delegar a tarefa de encerrar os shows de transmissão à banda de trap tocantinense Indxxr. Mesmo não sendo novidade na cena local, o grupo tem público cativo no Estado e grande engajamento nas redes sociais. Especialmente para o Bem Ali, os rappers criaram uma proposta de uma apresentação especial, com o tema ‘2077’.

“Em um mundo onde os recursos são escassos, atmosfera seca e árida, com resquícios tecnológicos, nossos personagens vivem em comunidades no chão e no lixo, enquanto uma pequena parcela milionária vive nos céus, em seus carros voadores ultramodernos. S.A. Collab é a gang dos manos, que trampam motivando os menores das comunidades a continuar no corre através do movimento de rua”, explica Arthur Lunnar da banda Indxxr. O domingo promete.

Referência no cenário independente da Região Norte e com boas apostas na música autoral, o Bem Ali se tornou uma plataforma de música e cultura que vem impulsionando a carreira de novas bandas, cantores e cantoras no Tocantins. Explorando novos formatos e possibilidades impulsionadas pelo online, este ano, além da live do festival, a produtora Árvore Seca decidiu lançar cinco sessions gravadas com artistas do TO. Jorge Gabriel, Raia, Wizened Tree, Lado 63 e Em Agosto Chove ganharam videoclipes que também foram disponibilizados no canal do YouTube e Instagram da produtora Árvore Seca.

Fábio Henrique, co-fundador da produtora Árvore Seca, acredita que o importante é o novo e adaptação ao formato que a pandemia permitiu. “É claro que gostaríamos de realizar o evento presencial, mas somos responsáveis e sabemos que nesse momento ainda não é possível. Mas sabemos também o quanto o Bem Ali é um evento esperado tanto para o público, quanto para as bandas, que contam com a possibilidade de estar na programação do festival. A gente sabia que precisava fazer, então criamos uma proposta dentro do contexto que vivemos. Convidamos artistas de diferentes sonoridades para ajudar, colaborar e construir o evento online. Para então conseguir divulgar o trabalho dessa galera, expor essas criações que não podem ficar paradas. O digital potencializa a possibilidade de jogar pro mundo tudo de bom que a cena tocantinense autoral da música vem produzindo, e o Bem Ali vai ajudar nisso. O formato é híbrido. Localmente as bandas do Estado se apresentam ao vivo para a live, enquanto as bandas de fora enviaram material especialmente pra gente. Estamos experimentando, mas acreditamos que o ineditismo da proposta trás curiosidade, e, por isso, vai dar certo”.

Lei Aldir Blanc

A sétima edição do Bem Ali de 2021 é um projeto fomentado pela Lei Aldir Blanc, através da Agência de Desenvolvimento, Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado do Tocantins. Através desse fomento, a produtora Árvore Seca também realizou neste ano o MIRAGE – Festival de Vídeo Mapping do Tocantins, que ocorreu no último dia 13 de agosto na Praça dos Girassóis.

Fontes – Cinthia Abreu, Assessoria Festival Bem Ali