O Ministério Público do Tocantins (MPTO), por meio do seu Centro de Apoio Operacional da Saúde (Caosaúde), promoveu inspeção no município de Peixe, na tarde de segunda-feira, 28, para apurar divergência relacionada ao quantitativo de doses de vacina contra Covid-19 recebidas pela administração municipal.
Em matéria publicada na imprensa no último dia 24, foi mostrado o “Vacinômetro” da Secretaria Estadual da Saúde (SES), contendo a informação que 5.042 doses haviam sido distribuídas para o município. Porém, em entrevista na mesma publicação, o prefeito informou ter recebido 4.802 doses, o que configura divergência de 240 doses a menos.
Na inspeção, os técnicos do Caosaúde, acompanhados do promotor de Justiça da Comarca, Mateus Ribeiro dos Reis, cruzaram as informações e verificaram que a divergência se deveu ao intervalo entre o trânsito da última remessa de vacinas, a conferência do recebimento por parte do município e a inserção da informação no sistema da Prefeitura de Peixe, não sendo detectada, portanto, nenhuma irregularidade.
Aproveitando a presença na Unidade Básica de Saúde (UBS) São Jorge, onde são armazenadas as vacinas, os técnicos levantaram informações quanto às condições térmicas de armazenamento, à segurança do local e às estratégias de vacinação adotadas pelo município, entre outras. Um relatório com as informações será elaborado pelo Caosaúde e encaminhado à Promotoria de Justiça de Peixe, que solicitou a apuração.
A coordenadora do Caosaúde, promotora de Justiça Araína Cesárea D’Alessandro, relembrou que inspeções de caráter preventivo já foram realizadas anteriormente nas centrais de distribuição da vacina do Estado e de Palmas e que prosseguirão em municípios onde haja indícios de irregularidade ou baixos percentuais de aplicação das doses recebidas.