Após adotar o procedimento de Classificação de Risco, espécie de triagem no atendimento, o Hospital Geral de Palmas (HGP) conseguiu reduzir, neste mês de março, 73% na admissão dos pacientes se comparado com o mesmo período de 2016, além de redução de 53% de admissão de pacientes classificados como azuis (não urgentes).
“A importância da triagem para um hospital do tamanho do HGP é que organiza o serviço, dá um atendimento adequado a todos os pacientes e, principalmente, prioriza os casos mais sérios, que são os da sala amarela e da sala vermelha. Portanto, é uma forma de organizar o serviço, diminuir os casos que não são para o atendimento em uma unidade de Alta Complexidade e sim para atendimento nas UPAS [Unidades de Pronto Atendimento]. Com isso, diminuímos o número de pacientes nos corredores e iremos aumentar a quantidade de pacientes sendo operados, fazendo com que os casos mais graves tenham a prioridade necessária. Esse procedimento é importantíssimo, é preconizado pelo Ministério da Saúde e tem ajudado demais a organizar, a salvar vidas, salvar membros e atender com mais dignidade e mais qualidade a população como determina o governador Marcelo Miranda”, disse o secretário de Estado da Saúde, Marcos Musafir.
De acordo com a diretora do HGP, Renata Duran, antes da implantação desse protocolo, apenas o serviço de Enfermagem atuava na Classificação de Risco e admitia todos os pacientes, já que o mesmo não tem a competência de contra-referenciar os usuários para hospitais de menor porte. “Há um indicador do Ministério da Saúde que mostra a gravidade de cada atendimento e em que tipo de lugar dentro da rede pública o paciente deve ser atendido. Essa classificação acontece nas cores azul, verde, amarelo e vermelho. O HGP, por ser um hospital de alta complexidade, deveria ficar focado mais no amarelo ou no vermelho, que são os casos mais graves”, explicou.
Renata Duran assegurou que os pacientes contra-referenciados são assistidos por uma equipe multiprofissional. “O próprio médico durante o seu atendimento, ele já entra em contato com o município de origem, orienta a própria unidade para fazer o atendimento. O paciente não fica perdido dentro da rede de Saúde. Ele não sai do hospital sem saber para onde ele vai. Damos todo o apoio, inclusive, até o transporte a gente faz se for necessário”, disse.
A diretora do HGP garantiu que a unidade não tem barrado os atendimentos, mas sim organizado o fluxo. “Nosso objetivo é diminuir a superlotação, para evitar pacientes nos corredores. Isso é desgastante não só para o paciente, mas para o servidor também. Por enquanto, o serviço, ainda não funciona 24 horas, mas conta com a presença de quatro médicos”, contou, explicando ainda que a o serviço de triagem ocorre com foco na demanda espontânea, ou seja, nos casos em que o paciente procura o hospital por iniciativa própria.
O governador Marcelo Miranda garantiu que a Saúde é uma das prioridades do seu Governo. “Queremos que todos os cidadãos desse Estado tenham acesso ao mais digno atendimento e tratamento no nosso sistema de Saúde. Para isso, não temos medido esforços para modernizar a gestão, investir em medicamentos, profissionais qualificados. Por isso, essa triagem é tão importante para que o cidadão tocantinense tenha um atendimento mais ágil e humano”, concluiu.