Vítima passou por cirurgia e está internada no Hospital Geral de Palmas (HGP). Amigos estão fazendo campanha para ajudar a família.
Mulher foi vítima de estupro na região central de Palmas — Foto: Divulgação/Ciro José de Carvalho
A mulher de 37 anos que foi esfaqueada e estuprada em Palmas trabalha como diarista para ajudar no sustento da família e no pagamento do aluguel na zona sul da capital. Conforme relatado pela amiga Cleidiane Oliveira, a vítima é mãe de três filhos e também cuida da mãe e dos irmãos, que são indivíduos com deficiências.
A diarista passou por cirurgia e uma cirurgia e encontra-se hospitalizada no Hospital Geral de Palmas (HGP). Colegas e amigos organizaram uma ação solidária para ajudar a família.
“Ela mora de aluguel, tem três filhos, depende da diária das faxinas, depende de trabalhar. Então vamos fazer essa ação solidária para ajudar a família dela”, explica Cleidiane.
O delito ocorreu na terça-feira (5), no centro de Palmas, aproximadamente às 12h. De acordo com a Polícia Militar, a mulher de 37 anos foi abordada enquanto passava por uma área atrás do Laboratório Central De Saúde Pública Do Tocantins (Lacen). Segundo a Polícia Militar, ela foi estuprada, esfaqueada e teve seu celular roubado.
De acordo com a amiga, a vítima sustentava a família sozinha através do trabalho de diarista, já que sua mãe é cega e seus dois irmãos têm deficiência intelectual.
Durante a semana, as amigas se uniram para limpar a residência onde a família da vítima reside. Cleidiane afirma que tem auxiliado na responsabilidade de cuidar de duas crianças, que permanecem na residência com a avó e os tios. A outra criança está com o pai.
Impossibilitada de trabalhar, a diarista conta com a solidariedade dos amigos.
“Ela fez uma cirurgia no pescoço e ainda está em estado grave. A gente não sabe quando ela vai poder voltar a trabalhar, nem se ela vai querer voltar, né. [A vítima] Está muito abatida, chorando muito, falou que tudo aconteceu muito rápido”, relata Cleidiane.
A amiga conta que muitas pessoas se sensibilizaram com a violência sofrida pela diarista e, por isso, a ação tem mobilizado muitas doações. Com o valor recebido até agora, foi possível pagar quatro meses de aluguel para a vítima.
A família também recebeu cestas básicas, mas ainda precisam de ajuda com as contas atrasadas.
Vítima disse que ‘não queria morrer’
O segurança do Lacen, Edvan Pereira, foi o primeiro a encontrar a vítima. Segundo ele, a mulher estava com um ferimento no pescoço e falou diversas vezes que não queria morrer.
“Ela estava deitada no chão, virando de um lado para o outro com a mão no pescoço, segurando um ferimento de arma branca. E agonizando, falando que não queria morrer e a gente acionou a PM e chamou o Samu, e rapidamente eles chegaram”, contou Edvan.
Suspeito preso em flagrante pela PM
O homem foi preso pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da PM, no estacionamento de um supermercado da região. A PM informou que ele está em situação de rua e foi reconhecido pela vítima.
“Fizemos algumas abordagens em regiões onde ficam aglomerações de possível uso de drogas, população que esteja com algum sintoma de desordem pública na cidade. E fizemos algumas fotos inclusive desse suspeito. Essas fotos foram mostradas por policiais do 1º Batalhão para a vítima, e a vítima reconheceu com muita convicção”, explicou o tenente-coronel Thiago Monteiro.
Monteiro também contou que o homem já tinha trocado de roupa quando foi abordado pelos policiais. “A informação é que ele é sim morador de rua e aproveitou a oportunidade, viu a mulher, viu a região, outra situação, uma região de mata ali no centro da cidade para cometer um crime bárbaro que não pode passar impune”, afirmou o tenente-coronel.
O suspeito já tinha passagem por roubo, segundo a Secretaria da Segurança Pública. Ele continua preso na Unidade Penal de Palmas. O nome dele não foi divulgado pela polícia.
(Fonte: g1 Tocantins)