Na tarde desta quinta-feira, 11, Angelita Rodrigues dos Santos foi presa sob a acusação de assassinar Atanel Nazaro Ribeiro, de 18 anos, no distrito de Buritirana, em Palmas. O crime, ocorrido no dia 22 de junho, chocou a comunidade local devido à sua motivação aparente: homofobia.
Angelita foi encontrada escondida em uma chácara próxima à TO-010, após meses de busca pelas autoridades. Segundo relatos, a suspeita não aceitava a orientação sexual de Atanel e havia ameaçado publicamente matá-lo. Essas ameaças se intensificaram após um episódio anterior onde ela o esfaqueou durante uma discussão, seis meses antes do homicídio.
Klarinda Nazaro, irmã de Atanel, relatou que Angelita não possuía laços próximos com o jovem além das ameaças frequentes e insultos homofóbicos. “Ela sempre demonstrou ódio pela orientação sexual de meu irmão. Ele já havia sido vítima de violência física anteriormente, mas infelizmente as ameaças persistiram até que ela o atacou fatalmente em um bar”, disse Klarinda.
O crime ocorreu por volta das 19 horas do dia 22, quando a Polícia Militar foi chamada ao local e encontrou Atanel sem vida, vítima de um golpe de faca. A perícia técnica e o Instituto Médico Legal (IML) foram acionados para as investigações necessárias.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que a investigação está a cargo da 1ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Palmas. A motivação exata do crime ainda está sendo apurada, mas as circunstâncias apontam fortemente para um ataque movido por ódio e intolerância.
A família de Atanel já havia registrado ocorrências anteriores contra Angelita, mas as medidas de proteção não foram suficientes para impedir a tragédia. Klarinda destacou a necessidade urgente de justiça e de medidas mais eficazes contra crimes motivados por preconceito. “Meu irmão foi morto por ser quem ele era, e isso não pode continuar acontecendo impunemente. Precisamos de justiça para Atanel e de mais proteção para todos que são alvo de ódio e intolerância”, declarou.
Angelita Rodrigues dos Santos foi encaminhada para a Unidade Penal Feminina da capital, onde aguardará o desenrolar das investigações e o julgamento pelo crime cometido.