O ambulatório de ginecologia do Centro de Saúde da Comunidade da Arno 44 resolveu intensificar a oferta de inserção do Dispositivo Intrauterino (DIU). Para isso, selecionou 31 mulheres que nesta quinta-feira, 20, às 14h30, participam de uma roda de conversa com o ginecologista Valdir Odorizzi, que esclarecerá todas as dúvidas das participantes.

 

Após a reunião, as mulheres serão divididas conforme a disponibilidade de vagas nas agendas de inserção de DIU. Antecedendo ao procedimento, as mulheres farão teste de gravidez e, somente em caso negativo, passarão para a fase de inserção do dispositivo.

 

O ginecologista Valdir Odorizzi explica que essas mulheres são selecionadas por meio de uma parceria entre as equipes de Saúde da Família e a atenção especializada, que agem na captação de mulheres interessadas no método contraceptivo e assim que se forma uma demanda, as mesmas participam dessa roda de conversa onde são repassadas todas as orientações à mulher ou ao casal. “Repassamos todas as informações sobre os outros métodos contraceptivos existentes, esclarecemos os critérios de elegibilidade para uso do método, os possíveis efeitos colaterais do DIU e sobre o fluxo de inserção e acompanhamento depois de inserido, além de tirar todas as dúvidas da paciente e desmistificar qualquer informação errônea sobre o DIU”, explica o especialista.

 

Sobre o DIU

 

O DIU é um objeto de plástico flexível em formato de “T” que ao ser inserido no útero atua como contraceptivo. A Secretaria Municipal de Saúde da Capital fornece o DIU de cobre que deixa o muco cervical com grande concentração de cobre, criando uma substância tóxica ao espermatozoide, o que impede que ele fecunde o óvulo. Podem usar o método mulheres maiores de 14 anos.

 

O DIU é contraindicado para mulheres menores de 14 anos, com má-formação no útero, com sangramentos anômalos e com infecção pélvica aguda – nesse caso, devem se tratar antes de usar o método. O DIU de cobre é muito eficaz para evitar a gravidez e tem aproximadamente 99,3% de eficácia. “Para efeito de comparação, a laqueadura é, em média, 99,6% eficaz e a pílula anticoncepcional, na prática, pode falhar em até 6% das vezes, devido a esquecimentos, uso inadequado ou interação com outros medicamentos”, reforça o médico.

 

Durante o procedimento é feito um ultrassom para avaliação da anatomia uterina, o colo uterino é anestesiado para evitar o desconforto e o DIU é inserido. Um novo ultrassom é realizado para confirmar a localização do DIU e a mulher é orientada a retornar em 30 dias para reavaliação da localização do DIU.

 

 

Fonte: Secretaria da saúde