Foto: Pilar Olivares/Reuters
O mundo das celebridades estão em constante agito. Os fãs ficam coladinhos nas redes sociais para não perder nenhum post novo. Anitta é capa da Gay Times e aborda a importância de se ser o que é. Barbara Paz descobre se como não-binária e conta sua história de vida! Se você quer ficar atualizado sobre o que se passa no mundo dos famosos então confira aqui!
Anitta é capa da Gay Times e fala sobre “apagamento” da bissexualidade
Junho é o mês do Orgulho LGBTQIA+ e Anitta, bissexual, ganhou a capa da revista inglesa Gay Times. Na reportagem, ela fala sobre o apagamento da bissexualidade, fruto de um preconceito ainda existente, tanto dentro quanto fora da comunidade LGBTQIA+.
“Quando se trata de bissexualidade, é meio complicado, porque, em primeiro lugar, nunca namorei uma mulher. Eu tive relacionamentos com meninas, mas muito casuais. Nunca namoramos e não foi uma situação de longo prazo. As pessoas, então, às vezes dirão ‘você não é bissexual de verdade, você só sai com homens’. Não acho que isso signifique que eu não sou. Imagine se eu falasse que sou heterossexual e alguém me pegasse beijando ou saindo com uma garota. Eles diriam ‘meu Deus, você é uma mentirosa!’”, desabafou a cantora.
Liberdade para ser o que é
Ela defende que as pessoas não julguem ou criem expectativas baseadas na sexualidade umas das outras. “É um tema muito delicado e deveríamos respeitar a maneira dos outros se encontrarem. Deveríamos ser livres para fazer o que quiséssemos”, pontuou. Falar sobre sua sexualidade, contudo, ela considera importante.
“Pessoas preconceituosas estão sempre apontando e falando sobre quem nós somos. Por causa desse preconceito, algumas pessoas não têm coragem de falar abertamente sobre quem são. Temem o julgamento, têm medo do que vão dizer. Quando vemos outras pessoas aparecendo e falando ‘sim, essa sou eu’, isso ajuda quem ainda precisa de um pouco de coragem. É bom. Sentem que estão sendo representados e têm mais pessoas com eles. Acho que é muito importante”
Bárbara Paz diz ser não-binária: “Descobri há pouco tempo”
Em entrevista ao podcast Almasculina, de Paulo Azevedo, Bárbara Paz contou que se reconhece como pessoa não-binária, ou seja, que não se classifica exclusivamente no gênero masculino ou no feminino.
“Sou uma pessoa inquieta. Uma mulher, um homem, não-binária. Descobri que sou não binária há pouco tempo. Um amigo meu falou que eu era, e eu acreditei, entendi. Sou uma pensadora, uma diretora, uma cineasta, uma atriz, uma pintora, uma escritora. Nas horas vagas a gente tenta tudo com as mãos, com a cabeça, com o cérebro e com a imaginação. A imaginação precisa estar trabalhando o tempo todo. Então, não sei bem quem eu sou. Se tiver alguma referência para me dizer quem eu sou, ainda estou em busca. Sou muitas coisas. Sou muitos, muitos, muitas. É dizer dizer quem você é para se apresentar. Sou uma pessoa da fazer o que tenho dentro, o que não é pouco. Arte”, compartilhou em uma das suas redes sociais
História de barbara
A atriz que ficou orfã de pai aos 6 anos, ainda abriu o jogo sobre as suas referências masculinas durante a vida. “Tenho lembranças do que me contavam do meu pai. Mas, de fato, eu não lembro. Me lembro do que que minha mãe contava sobre ele. Que era um cachaceiro, político. Então, guarda histórias como sendo minhas. Tenho recordação do meu avó, de quem eu gostava muito, mas ele era um homem doente também. Desde que eu me conheço por gente já me lembro dele debilitando. Então, o masculino, ele veio… Olha que interessante: as primeiras imagens eram dos médicos da minha mãe, que cuidavam dela, que zelavam por ela. Para mim, eles eram anjos. Eu era uma criança. Eu era apaixonada por aqueles médicos porque ali eu sabia que minha mãe estava viva, bem cuidada. Sabia que ela ia voltar para casa. Meu modelo de masculinidade é um lugar de conforto, de rede de proteção. Esse foi o masculino que eu vi. Éramos cinco mulheres em casa à espera de um maestro que nunca chegou”, contou.
Aos 17 anos, Bárbara perdeu a mãe, que fazia hemodiálise e relembra também o que passava em sua mente, antes de vê-la partir. “Acabei virando maestro dessa história. Eu acho que eu fui o homem da casa.
Viúva do diretor Hector Babenco, ela disse que nunca teve preconceito contra a diversidade e que sempre aprendeu tudo lendo em revistas, afinal, dentro de casa não havia a cultura de questionamentos sobre sexualidade. “Para mim, você gosta de pessoas”.
*Com informações/recortes do site Terra